DESCRIÇÃO ANATÔMICA DO ÚMERO DO TAMANDUÁ-MIRIM (TAMANDUA TETRADACTYLA)

Aluno de Iniciação Científica: Felipe Gustavo Garcia (Pesquisa voluntária)
Curso: Medicina Veterinária - Palotina
Orientador: Arlei José Birck
Co-Orientador: Gregório Corrêa Guimarães
Colaborador: Luan dos Santos Timidati, André Luis Filadelpho.
Departamento: Campus Palotina
Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: Tamanduá-mirim , Úmero , Anatomia
Área de Conhecimento: 20604025 - ANATOMIA ANIMAL

A morfologia tamanduá-mirim é pouco conhecida, salvo aspectos gerais, o que sinaliza para a necessidade da ampliação dessas informações, especialmente as que venham de encontro ao interesse médico veterinário, ou seja, de cunho aplicado, ou que possam contribuir com medidas que visem à preservação da espécie. Em atenção ao interesse da anatomia comparativa, e com vistas a oferecer informações, de cunho anatômico, que possam servir de base para as cirurgias. O objetivo deste trabalho é dar sequência ao estudo de aspectos anatômicos dessa espécie animal, visando, além do conhecimento das estruturas de interesse, o fornecimento de subsídios para interpretação, anatomofuncionais relativos a anatomia do úmero. Foram encaminhados ao Laboratório de Anatomia da Universidade Federal do Paraná – Campus Palotina, dois exemplares da espécie, encontrado atropelado em rodovias da região e outros três encontrados na região de Lavras, Sul de Minas Gerais e encaminhados a UFLA. O úmero é longo, tendo como comprimento 9,2cm. Pelo fato de ser um osso longo, o úmero é relativamente fino, medindo em sua espessura máxima 2 cm, da face caudal da cabeça do úmero até o tubérculo intermédio, e sua largura máxima, que foi medida entre os epicôndilos, foi de 4,2cm. A cabeça do úmero é longa e acentuadamente curvada craniocaudalmente, limitada ventralmente por um colo bem demarcado. O tubérculo maior disposto craniolateralmente próximo à cabeça do osso não apresenta divisões. O tubérculo menor é medial e também não é dividido, sendo basicamente do mesmo tamanho do tubérculo maior. Os sulcos intertuberculares presentes craniolateralmente tanto quanto medialmente fornecem passagem ao tendão do músculo bíceps braquial. O que se diferencia no úmero do Tamandua tetradactyla é que sua epífise distal possui mais que o dobro da largura da epífise proximal. A tuberosidade deltoidea, oposta à tuberosidade redonda menor, localizada na face lateral da diáfise, situada no centro do corpo do úmero mede 1,3 cm de comprimento. A diferença da medida da parte proximal da tuberosidade deltoidea até a cabeça do úmero (3,8cm) em relação à distância entre a parte distal da tuberosidade deltoidea ao epicôndilo lateral (4,1cm) é de apenas 0,3cm. Foi observado também um forame na epífise distal que dá passagem a artéria braquial e ao nervo mediano. Contudo podemos concluir que estudo sobre a morfologia dos animais silvestres é de suma importância para os profissionais das áreas biológicas com relação ao conhecimento de sua anatomia e fisiologia. 

 

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