PREPARAÇÃO DE ESQUELETO DE BIGUÁ-TINGÁ (ANHINGA ANHINGA) “TÉCNICA ANATÔMICA”

Aluno de Iniciação Científica: Daiane de Jesus Rodrigues (PROBEM/UFPR)
Curso: Medicina Veterinária - Palotina
Orientador: Arlei José Birck
Co-Orientador: Rodrigo Patera Barcelos
Colaborador: Naiélen Begnini, André Luis Filadelpho.
Departamento: Campus Palotina
Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: Ave Marinha , Esqueleto , Anatomia
Área de Conhecimento: 20604025 - ANATOMIA ANIMAL

Ave aquática semelhante ao biguá, mas apresenta asas esbranquiçadas (em tupi, “biguatinga” significa “biguá branco”). A espécie apresenta dimorfismo sexual, sendo que a fêmea difere do macho pela cor creme no pescoço, peito e dorso. Suas penas não são impermeáveis como as dos patos e não segregam óleo que mantenha a água à distância. Em consequência, as penas podem armazenar quantidades de água que provocam a má flutuação do animal. Esta característica é, no entanto uma vantagem, visto que permite um mergulho mais eficiente debaixo de água. Tal como os outros membros da família Anhingidae, caça durante mergulhos em que fica totalmente submerso. Quando necessário, seca as penas abrindo as asas ao sol. Visando enriquecer o acervo do laboratório de Anatomia Animal da Universidade Federal do Paraná - Campus Palotina, preparou-se um esqueleto de biguá-tinga de origem litorânea, podendo também ser observado perto de lagos, lagoas, rios e represas. A técnica empregada consistiu na retirada das partes moles, tais como pele, músculos, vísceras, vasos e nervos, com auxilio de bisturi, tesouras e pinças tendo-se o cuidado de preservar todas as articulações intactas e, em seguida imergiu-se em peróxido de hidrogênio para clareamento e, posteriormente as peças foram lavadas em água corrente. O esqueleto foi montado a fim de representar a posição em que o animal se encontra na natureza. A ave em estudo de origem desconhecida apresentava inúmeras fraturas podendo ser estas, indicio da causa morte, no entanto em condições naturais apresenta comprimento de 88 centímetros, chegando a 120 centímetros de envergadura nas asas, pescoço mais estreito e comprido, além de bico reto, em forma de punhal, seguido por um corpo relativamente grande e uma cauda longa. Constatou-se que a preparação do esqueleto do biguá-tingá foi um procedimento relativamente rápido e simples, no entanto muito significativo para o acervo anatômico do laboratório. A preparação de esqueletos é de grande importância para instituições de ensino, onde por meio deles, podemos entender a arquitetura e local de fixação de partes moles do corpo em diferentes espécies. Esta técnica permite preparações ósseas de qualidade para pesquisa e uso didático.

 

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