ORIGEM E DISTRIBUÇÃO DA ARTÉRIA MESENTÉRICA CRANIAL E CAUDAL EM VEADO CATINGUEIRO (MAZAMA GOUAZOUBIRA)
Aluno de Iniciação Científica: Augusto Amadori (Pesquisa voluntária)
Curso: Medicina Veterinária - Palotina
Orientador: Arlei José Birck
Colaborador: André Luis Filadelpho, Gregório Corrêa Guimarães, Jaime Augusto Peres.
Departamento: Campus Palotina
Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: Veado Catingueiro , Artéria mesentérica cranial e caudal , Anatomia
Área de Conhecimento: 20604025 - ANATOMIA ANIMAL
O veado-catingueiro (Mazama gouzoubira) possuem uma coloração marrom-acinzentada, é considerado de pequeno porte, peso variando entre 17 à 23 Kg. O interesse no conhecimento da estrutura do trato digestivo e a anatomia da irrigação sanguínea do duodeno, jejuno, íleo, ceco, colon e reto é de extrema importância para a área clínica e cirúrgica. E como nesta espécie os trabalhos são escassos, tornam-se necessários estudos para a conservação e preservação da espécie. O objetivo deste trabalho é descrever a distribuição e origem da artéria mesentérica cranial e caudal em veado catingueiro, comparando com outros estudos sobre a mesma e sistematizando-a. Foram enviados dois espécimes mortos de veado catingueiro provenientes do CECRIMPAS (IBAMA nº 02027.002322/98-99) da Universidade Estadual do Centro-Oeste Unicentro – Guarapuava-Pr. Estes exemplares tiveram a artéria carótida comum canulada e injetada com látex, em seguida, foram fixados em solução formaldeído a 10%, por período mínimo de 72 horas para ulterior dissecação. Para a dissecação precedeu-se corte paramediano na cavidade abdominal e rebateu-se a porção lateral esquerda do abdome. Foram realizadas dissecações detalhadas do percurso da artéria mesentérica cranial e caudal e, consequentemente realizados esquemas, anotações e relatos fotográficos para a documentação. A artéria mesentérica cranial surgiu da aorta abdominal, caudal a artéria celíaca, seguindo ventralmente e emitindo como primeiro ramo, a artéria pancreática duodenal caudal, que irriga a porção final do duodeno. Em seguida a artéria ileocólica, emite a artéria cólica direita para o aporte da alça distal do cólon e parte centrífuga e pouco mais distal segue os ramos cólicos que suprem os giros centrípetos e a alça proximal, e por fim emite os ramos ileais mesentéricos para o íleo e ceco. Na passagem entre o íleo e o ceco a artéria ileal envia 10 ramos colaterais que entram em anastomose com a artéria cecal, a qual se anastomose com ramos da artéria jejunal. O tronco jejunal é uma artéria de grosso calibre, surgindo após a divisão da artéria mesentérica, supre o jejuno, parte inicial do íleo e alça distal do cólon, emitindo 26 ramos jejunais. A artéria mesentérica caudal se origina próximo a divisão terminal da aorta, divide-se em artéria cólica esquerda que emite três ramos seguindo o cólon descendente e formando uma anastomose com a artéria cólica média e artéria retal cranial que percorre a porção do cólon sigmóide e reto.