ESTUDO COMPARATIVO ENTRE ENCÉFALOS DE BOVINOS SUBMETIDOS A DUAS TÉCNICAS DE CONSERVAÇÃO: FORMOLIZAÇÃO E GLICERINAÇÃO

Aluno de Iniciação Científica: Eduardo Michelo do Nascimento (PIBIC/UFPR-TN)
Curso: Medicina Veterinária - Palotina
Orientador: André Luís Filadelpho
Co-Orientador: Arlei José Birck
Colaborador: Luísa Favaretto, Rodrigo Patera Barcelos
Departamento: Campus Palotina
Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: encéfalo , glicerina , bovino
Área de Conhecimento: 20604009 - ANATOMIA

No estudo prático da neuroanatomia veterinária, faz-se necessária a conservação e fixação de encéfalos, o que pode ser feito pelo método de formolização. Em peças formolizadas, pode haver proliferação de fungos que causam irritação nas mucosas do trato respiratório e na pele de quem as manuseia. Optando-se pela conservação de encéfalos bovinos, pelo método de glicerinação, é possível manter a peça semelhante à peça original, por um longo período de tempo. Esta técnica permite que estruturas de difícil visualização possam ser destacadas, aumenta a durabilidade e maleabilidade do tecido nervoso, evita o surgimento de microorganismos que deterioram as peças e reduz os riscos à saúde daqueles que mantém contato direto com o formol como: docentes, técnicos e estagiários. Após a chegada do material biológico, composto de vinte cabeças de bovino, ao Laboratório de Anatomia Veterinária, os encéfalos foram extraídos e fixados em solução aquosa de formol a 10% durante 3 meses e em seguida foram dissecados. Após este processo, 10 encéfalos foram mantidos na solução de formol a 10% para posterior análise comparativa, e os outros 10 encéfalos sofram submetidos à glicerinação. Os encéfalos passaram inicialmente pela etapa de desidratação I, onde as peças foram submersas em solução contendo sal de cozinha, na proporção de 1 kg de sal para 10 litros de água  por 15 a 20 dias, para em seguida passarem para a etapa de desidratação II, onde os encéfalos permaneceram pelo mesmo período de tempo em solução de álcool 70%. Na última etapa do processo, as peças foram mergulhadas em glicerina líquida por 15 dias. Ao término do experimento, verificou-se que o processo de glicerinação exigiu maior atenção com relação ao processo de formolização e que a glicerina, por sua ação anti-séptica, evitou o aparecimento de microrganismos deteriorantes, mantendo o aspecto da peça “in vivo”.  Como aspecto positivo do experimento observamos que o material glicerinado, em comparação com os encéfalos que passaram apenas pelo processo de formalização, não apresenta odores e pode ser guardado sem a necessidade da imersão em formol, contribuindo para a saúde de quem o manipula. Entretanto, existe uma tendência para o escurecimento das peças com o passar dos dias, o que obriga a renovação constante deste material.

 

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