IDENTIFICAÇÃO DOS REQUISITOS ESTRUTURAIS DE HEPARINA DE BAIXO PESO MOLECULAR PARA ESTIMULAR A SÍNTESE DO PROTEOGLICANO DE HEPARAM SULFATO ENDOTELIAL

Aluno de Iniciação Científica: Tabata D’Maiella Freitas Klimeck (PIBIC/CNPq)
Curso: Ciências Biológicas
Orientador: Edvaldo da Silva Trindade
Colaborador: Stellee Marcela Petris Biscaia, Patricia Sampaio Monteiro, Gustavo Rodrigues Rossi
Departamento: Biologia Celular
Setor: Ciências Biológicas
Palavras-chave: heparina de baixo peso molecular , células endoteliais , heparam sulfato
Área de Conhecimento: 20601000 - CITOLOGIA E BIOLOGIA CELULAR

Heparina é um carboidrato polianiônico, aminado e sulfatado, pertencente à classe dos glicosaminoglicanos (GAG). A ação farmacológica da heparina está relacionada com a sua atividade anticoagulante, descrita inicialmente no início do século passado. A heparina age no sistema de coagulação exercendo seu efeito principalmente por ligar-se à antitrombina, formando um complexo que irá inativar várias enzimas da cascata da coagulação. Nas últimas décadas surgiu heparinas de baixo peso molecular (LMWH), obtidas por fragmentação (química ou enzimática) do polímero. Seu efeito anticoagulante ocorre através da inativação da trombina e do fator Xa. Atualmente a LMWH tem substituído a heparina não fracionada nas suas diversas aplicações clínicas, com igual ou maior eficiência. O heparam sulfato é outro GAG, cuja estrutura química é muito parecida com a molécula de heparina, porém com menor grau de sulfatação. Os dados da literatura mostram que o Proteoglicano de Heparam Sulfato (PGHS), presente na superfície das células endoteliais, é o responsável por manter a compatibilidade destas com o sangue, isto é, age impedindo a formação de coágulos. Assim, este PGHS já possui uma característica antitrombótica (impede a formação de trombos). Porém, quando essas células são expostas à heparina ou à LMWH, em ensaios “in vitro”, ocorre aumento da síntese do PGHS, tornando-o mais sulfatado, e consequentemente, aumentando a atividade antitrombótica. O objetivo de presente trabalho é entender quais os requisitos estruturais da heparina de baixo peso molecular que causam tal efeito. Para isso, foram feitas modificações químicas nessas moléculas: dessulfatação e carboxirredução. As modificações foram comprovadas por dosagem de sulfato e por ressonância nuclear magnética. A atividade anticoagulante das moléculas modificadas mostrou-se reduzida. Estes compostos foram expostos para as células endoteliais e foi avaliada as possíveis alterações sobre a morfologia celular por microscopia de força atômica. Os dados não mostraram alteração na morfologia. Assim os estudos caminham para verificar quais os efeitos dessas heparinas modificadas na matriz extracelular, tendo em vista que é o sítio de ligação para desencadear tal estímulo.

 

0298