AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTITUMORAL “IN VITRO” DE POLISSACARÍDEOS OBTIDOS DOS GÊNEROS AGARICUS E PLEUROTUS

Aluno de Iniciação Científica: daniel de lima bellan (CNPq-Balcão)
Curso: Ciências Biológicas
Orientador: Célia Regina Cavichiolo Franco
Co-Orientador: Edvaldo da Silva Trindade
Colaborador: Stellee Marcela Petris Biscaia, Beatriz Santana Borges, Paula Nascimento Choinski
Departamento: Biologia Celular
Setor: Ciências Biológicas
Palavras-chave: polissacarídeos , câncer , anti-tumoral
Área de Conhecimento: 20601000 - CITOLOGIA E BIOLOGIA CELULAR

Câncer é o nome dado a um conjunto de doenças que apresentam crescimento desordenado de células. O câncer de pele é o tipo de câncer mais frequente no Brasil, e corresponde a 25% de todos os tumores malignos registrados no país.  Grande parte dos tratamentos disponíveis possuem inúmeros efeitos colaterais. Compostos extraídos de cogumelos vêm apresentando grande interesse científico por possuírem potencial biológico antitumoral, como imunomodulação, diminuição da proliferação celular, diminuição da adesão, indução de citotoxidade, diminuição da invasão, queda nas taxas de metástase além de gerar pouco ou nenhum efeito citotóxico para o organismo. O objetivo deste trabalho foi avaliar possíveis induções sobre a atividade antitumoral de dois polissacarídeos: fucomanogalactana isolada de Lentinus edodes (P5) e fucogalactana isolada de Agaricus brasiliensis (P6); através de ensaios in vitro, com células de melanoma murino, linhagem B16F10. Os experimentos foram realizados com diferentes tempos de tratamento e concentrações. Pelo método de Vermelho Neutro avaliou-se a viabilidade celular, pela capacidade das células captarem por endocitose este corante; os resultados evidenciaram redução da viabilidade após o tratamento com P5 e P6. O ensaio de MTT analisa citotoxicidade celular através da ação da desidrogenase mitocondrial a qual converte um composto salino (MTT) em cristais de formazan; após o tratamento, os polissacarídeos apresentaram aumento da citotoxidade célular. Possíveis mecanismos de morte celular induzidos pela exposição aos polissacarideos foram analisados com os marcadores Anexina V e 7AAD ( Anexina V irá evidenciar células em apoptose e o 7AAD evidenciará morte por necrose). Os resultados mostram que os polissacarídeos P5 e P6 resultaram em taxas de viabilidade próximas a 90%. Análises ultraestruturais empregando-se microscopia eletrônica de transmissão, evidenciou que P6 induziu aumento do grau de espraiamento das células. O ensaio de adesão mostrou que P6 induziu aumento da adesão celular sobre os substratos de vitronectina e plástico. O método de invasão celular através de uma matriz de matrigel, utilizando-se Transwells e empregando-se a fibronectina como molécula quimiotáxica demonstrou que P6 reduziu a capacidade invasiva destas células em 7,69%. Os resultados obtidos com este estudo evidenciaram efeitos promissores com o modelo in vitro e apontam para possíveis atividades antitumorais destes compostos, para tanto se faz necessário prosseguir com estudo in vivo para confirmar o potencial desses compostos extraídos de cogumelos. 

 

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