AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTITUMORAL “IN VITRO” DE POLISSACARÍDEOS OBTIDOS DOS GÊNEROS PLEUROTUS, LENTINUS E AGARICUS

Aluno de Iniciação Científica: Beatriz Santana Borges (PIBIC/CNPq)
Curso: Ciências Biológicas
Orientador: Célia Regina Cavichiolo Franco
Co-Orientador: Edvaldo da Silva Trindade
Colaborador: Stellee Marcela Petris Biscaia, Daniel de Lima Bellan
Departamento: Biologia Celular
Setor: Ciências Biológicas
Palavras-chave: polissacarídeos , melanoma , b16f10
Área de Conhecimento: 20601000 - CITOLOGIA E BIOLOGIA CELULAR

O câncer mata milhões de pessoas por ano em todo mundo, a partir desse contexto as pesquisas têm se voltado para a busca da cura. Um dos tratamentos atuais para o câncer é o quimioterápico, contudo, sabe-se que esse tratamento ocasiona vários efeitos colaterais. O estudo de compostos naturais pode ser uma alternativa para amenizar os efeitos da doença, tais como a anormal divisão celular, os crescimentos invasivos, a formação de tumores e as metástases. Os estudos com polissacarídeos dos gêneros Pleurotus, Lentinus e Agaricus tem sido considerados, pela sua função antitumoral. Nesse projeto, o objetivo deste trabalho, foi avaliar o potencial biológico de polissacarídeos. As metodologias de pesquisa realizadas foram: Vermelho Neutro (VN), Azul de Tripan (AT), MTT, Anexina-V/7AAD, Proliferação celular, Adesão, Espraiamento celular e Invasão Celular; empregando-se ensaios “in vitro” com células de melanoma murino, linhagem B16F10. Dois diferentes polissacarídeos foram empregados nesta pesquisa: manogalactana parcialmente metilada, extraída de Pleurotus eryngii (P1) e Beta-glucana extraída de Pleurotus ostreatus var. Florida (P2). Os resultados mostram que pelo método do VN há perda de viabilidade celular para o P2. No método do AT, o P1 a partir do sexto dia induz comprometimento de viabilidade. Pelo método do MTT, não houve comprometimento. O método de detecção de morte celular, por Anexina-V, nos demonstrou que P1 (após 24h) e P2 (após 72h), diminuíram a viabilidade celular, mais por apoptose; já em 48h de exposição, P1 e P2, induziram diminuição da viabilidade celular, mais por necrose. O método de proliferação indicou aumento desta dinâmica. Na adesão celular o P1, induziu aumento da adesividade, o P2 (em 24h), induziu aumento sobre laminina, e em 48 e 72h, sobre vitronectina. A análise do espraiamento celular nos demonstrou que sobre a matriz de fibronectina, os polissacarídeos P1 e P2 apresentaram maiores índices de espraiamento celular, demonstrando a preferência pela fibronectina. O experimento de invasão celular evidenciou que os polissacarídeos induziram redução desta dinâmica. Assim podemos concluir que o tratamento com P1 e P2 apresentam efetivamente alterações celulares na linhagem B16F10, induzindo diminuição da invasão celular e o aumento no grau de espraiamento. Contudo, é necessária uma continuidade nos estudos “in vivo” dos polissacarídeos a fim de obter resultados mais promissores relacionados principalmente com a estrutura celular e as interações imunológicas destas células.

 

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