LEVANTAMENTO DE DADOS BIOMÉTRICOS E PARASITOLÓGICOS DE UMA POPULAÇÃO DE DIDELPHIS ALBIVENTRIS NO PARQUE ESTADUAL DE SÃO CAMILO, PALOTINA, PARANÁ

Aluno de Iniciação Científica: Marcelo Gusella (IC-Voluntária)
Curso: Medicina Veterinária - Palotina
Orientador: Professora Doutora Simone Benghi Pinto
Co-Orientador: Professora Doutora Marivone Valentim Zabott
Colaborador: Professor Anderson Luiz de Carvalho, Professora Doutora Geane Maciel Pagliosa, Médico Veterinário Rafael Messias Luiz
Departamento: Campus Palotina
Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: Didelphis albiventris , Biometria , Parasitos
Área de Conhecimento: 20500009 - ECOLOGIA

Didelphis albiventris apresenta ampla distribuição na América do Sul e vive nas matas primárias e secundárias, banhados, capões e em áreas de lavouras onde existam árvores. Apresenta hábitos crepusculares e noturnos, adapta-se facilmente a diferentes ambientes e exibe alta sinantropia. Com relação aos dados biométricos e parasitológicos de D. albiventris no estado do Paraná, poucos são os dados conhecidos. O presente trabalho apresentou como metas obter dados biométricos e identificar o perfil parasitológico de D. albiventris. O experimento foi realizado no Parque Estadual de São Camilo (Palotina-PR) e no Campus Palotina da UFPR, no período de outubro de 2011 a maio de 2012. Para a captura dos animais, foram utilizadas armadilhas do tipo Tomahawk iscadas com banana, mamão, manga, moela de frango ou fígado bovino. As armadilhas permaneceram armadas, em locais distintos, durante três noites consecutivas e foram realizadas a cada 25 dias em média. Os animais capturados foram pesados e submetidos à sedação com a associação de xilazina, cetamina e midazolam. Após a coleta de dados biométricos e parasitológicos, os animais foram identificados com brincos numerados na orelha esquerda. Após a recuperação anestésica, os gambás foram reintegrados ao seu local de captura, observando-se a rota de fuga. Quando presentes, as fezes foram coletadas da armadilha de captura para exame coproparasitológico. Foram capturados 16 exemplares de D. albiventris 37,5% fêmeas e 62,5% machos), na avaliação biométrica verificou-se que o comprimento médio total foi de 72,13cm±14,04, de cauda 34,66cm±6,96, de orelha 4,24cm±0,92, do membro posterior de 4,91cm±0,92, da cabeça 12,41cm±3,14 e a largura da cabeça foi de 5,34cm±1,06. Dos 16 animais capturados 87,5% apresentaram ectoparasitos identificados como: Ctenocephalides felis felis (6,6%); Amblyomma sp. (66,67%) e Ornithonyssus sp. (40%). Foram coletadas fezes de 9 animais e através do exame de Willis-Mollay 100% destes apresentaram-se positivos, sendo encontrados ovos e/ou larvas de Trichuris sp. (33,33%); Capillaria sp. (44,44%); Strongyloides sp. (33,33%); da família Ascaridae (100%); da superfamília Strongyloidea (88,88%), e do filo Acanthocephala (33,33%). Do total de exemplares capturados 93,33% apresentaram o chão como rota de fuga. Os resultados apontam os gambás D. albiventris como potencial disseminador e reservatório de importantes parasitoses.

 

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