Aluno de Iniciação Científica: Marília Nepomuceno Moreira (IC-Voluntária)
Curso: Engenharia Ambiental
Orientador: Viviane da Silva Pereira
Co-Orientador: Eric de Camargo Smidt
Colaborador: Mônica Bolson
Departamento: Botânica
Setor: Ciências Biológicas
Palavras-chave: Modelagem , Nicho ecológico , Floresta Ombrófila Mista
Área de Conhecimento: 20500009 - ECOLOGIA

A modelagem de nicho ecológico é uma ferramenta cada vez mais utilizada em projetos científicos e conservacionistas, na área de políticas-públicas ou não governamentais, na tentativa de se estimar áreas de ocorrência e de potencial ocupação das espécies em tempos passados, atuais e futuros. Associado à modelagem estão os softwares que integram modelos matemáticos, estimadores de riqueza, abundância e diversidade que permitem interpretações diretas em mapas de ocorrência e temáticos. Utilizamos abordagens disponíveis no programa livre Diva-Gis (Hijmans, et al. 2005), com o objetivo de elucidar padrões geográficos, e modelar a distribuição de nicho ecológico das principais espécies madeireiras do estado do Paraná. As análises foram baseadas nos algoritmos Bioclim e Domain. Foram reunidas as informações de etiqueta de 2.112 espécimes observados nos herbários UPCB (Herbário do Departamento de Botânica-UFPR) e MBM (Museu Biológico Municipal). À determinação das áreas privilegiadas para o estabelecimento de políticas conservacionistas, além das informações da distribuição geográfica e do nicho ecológico, foram consideradas o grau de conservação das espécies (Lista Oficial das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção), e ocorrência simultânea daquelas com maior valor comercial na indústria madeireira: Araucaria angustifolia (Bertol.)Kuntze, Ocotea catharinensis Mez ,Ocotea porosa (Nees & C. Mart.) Barros, Ocotea pulchella (Nees) Mez, Cedrela fissilis Vell., Podocarpus lambertii Klotzsch ex Endl.e Roupala brasiliensis Klotzsch.As áreas que sugerem maior potencial de ocorrência pela modelagem são corredores de mata nativa e/ou conglomerados de áreas naturais, cercados por atividade antrópica.Jacknife1, Jacknife2, Chao1 e Chao2 indicaram o sudeste do estado do Paraná como  hotspot , seguido pelo nordeste e sudoeste do estado. Índice de Simpson: os valores maiores (0.800 -1.000) encontram-se nas áreas onde há maior riqueza, e os segundo valores maiores (0.600 -0.800) encontram-se nas áreas com maior abundância. O Índice de Whitakker, selecionou as áreas que preservam o máximo de espécies poss is. As áreas de maior complementaridade estão em UCs, como AEIT Marumbi, Parque Estadual Pico do Marumbi e Parque Estadual das Lauráceas. A presença de mais de 50% da riqueza total dentro de unidades de conservação implica na exploração intensiva das espécies madeiráveis fora deste perímetro. As cidades sem unidades de conservação, porém dentro do perímetro das áreas indicadas pela análise de complementaridade são: General Carneiro, Pontal do Paraná, Santo Antônio do Caiuá, São João do Caiuá, Ivaí, Ipiranga, Imbituva, Teixeira Soares, São João do Triunfo, Antônio Olinto, Itaperuçu e Fazenda Rio Grande.As cidades sem unidades de conservação, porém dentro do perímetro das áreas indicadas pela análise de complementaridade são: General Carneiro, Pontal do Paraná, Santo Antônio do Caiuá, São João do Caiuá, Ivaí, Ipiranga, Imbituva, Teixeira Soares, São João do Triunfo, Antônio Olinto, Itaperuçu e Fazenda Rio Grande.

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