ELABORAÇÃO DE BANCO DE DADOS POLÍNICOS DE UMA REDE DE INTERAÇÕES ENTRE PLANTAS E INSETOS

Aluno de Iniciação Científica: Caroline Ribeiro (PIBIC/UFPR-TN)
Curso: Ciências Biológicas
Orientador: Isabela Galarda Varassin
Colaborador: Jana Magaly Tesserolli de Souza
Departamento: Botânica
Setor: Ciências Biológicas
Palavras-chave: Catálogo , Pólen , Polinização
Área de Conhecimento: 20500009 - ECOLOGIA

O remanescente florestal do bioma Mata Atlântica é de aproximadamente 13,32% da área original. A degradação deste bioma tem-se intensificado principalmente pela agricultura, pecuária, extração de madeira e crescimento demográfico das cidades litorâneas. Além de influenciar o clima local, a floresta fornece recursos essenciais às diversas atividades humanas, de alimentação a turismo. A manutenção da floresta depende, entre outros fatores, das interações estabelecidas entre as espécies e neste trabalho destacamos a interação planta-polinizador. Para que esses serviços sejam mantidos, bem como para que seja preservado o sistema que provê esses bens, projetos de restauração devem ser respaldados em estudos capazes de direcionar planos de manejo adequados. Uma forma de identificar as interações que ocorrem entre plantas e insetos polinizadores é conhecer a rede de interações através dos grãos de pólen transportados pelos insetos. Para tanto é preciso primeiramente identificar os grãos de pólen (tamanho, morfologia – formato e ornamentação) das plantas daquela determinada área. As plantas escolhidas foram coletadas em duas reservas naturais da APA de Guaraqueçaba, nos estádios iniciais de sucessão, em áreas de restauração da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem - SPVS. De cada planta foram retirados ramos floridos. O material foi armazenado em frascos plásticos e no laboratório foram retirados os grãos de pólen destas amostras, sendo armazenados em ácido acético. Para a confecção do banco de dados as amostras foram fotografadas em microscopia ótica (MO) e em microscopia eletrônica de varredura (MEV). As amostras de pólen foram desidratadas para MEV em série alcoólica, montadas em suporte específico, cobertas com ouro e observadas em microscópio JEOL JSM-6360 em 15 kV. Para MO as amostras foram coradas e colhidas com gelatina glicerinada, para a montagem de lâmina não permanente, e fotografadas em microscópio Olympus BX40 com câmera P071 acoplada. A apresentação das metodologias escolhidas, microscopia ótica e microscopia eletrônica de varredura, visa fornecer ao pesquisador o custo-benefício de cada um para o fim desejado. Até o momento foram fotografadas amostras de 70 espécies de plantas. Uma das conclusões obtidas com os resultados foi de que as espécies observadas dos gêneros Adenostemma, Erechtites, Mikania, Vernonanthura (de Asteraceae) e Tibouchina, (de Melastomataceae), não apresentam diferenças morfológicas consideráveis quando observadas em microscopia ótica, com os procedimentos tomados neste trabalho.

 

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