PARÂMETROS BIOLÓGICOS DE ALEOCHARA PSEUDOCHRYSORRHOA (COLEOPTERA: STAPHYLINIDAE), ESPÉCIE  DE  POTENCIAL IMPORTÂNCIA FORENSE  NA REGIÃO DE CURITIBA

Aluno de Iniciação Científica: Sirlei Rosemeri Rothe (PIBIC/CNPq)
Curso: Ciências Biológicas
Orientador: Lúcia Massutti de Almeida
Co-Orientador: Rodrigo César Corrêa
Colaborador: Kleber Makoto Mise
Departamento: Zoologia
Setor: Ciências Biológicas
Palavras-chave: Aleocharinae , entomologia forense , biologia
Área de Conhecimento: 20406002 - ZOOLOGIA APLICADA

A entomologia forense utiliza o estudo de insetos na resolução de questões legais. Um dos principais objetivos é a estimativa do intervalo post-mortem (IPM). Dentre as famílias de Coleoptera com potencial interesse forense, Staphylinidae se destaca por possuir espécies de hábito necrófilo. As espécies de Aleochara possuem hábito parasitóide no estágio larval e predador quando adulto, caracterizando-as como regulador natural de espécies de Diptera. Devido ao seu hábito alimentar são importantes em estudos ecológicos, controle biológico e entomologia forense.  Aleochara pseudochrysorrhoa Caron, Mise & Klimaszewski, 2008 se destaca por ser abundante em carcaças suínas na região de Curitiba. Assim, o objetivo deste estudo é analisar os parâmetros biológicos desta espécie, cujos hábitos ainda são desconhecidos, e adequar uma metodologia para sua criação. O material foi coletado em carcaça suína e após várias tentativas a metodologia de criação foi estabelecida. Sendo assim, os adultos devem ser alimentados com duas larvas de Sarconesia chlorogaster (Wiedemann, 1831) (Diptera, Calliphoridae) por dia e os imaturos de 1º e 2º instar se alimentam da pupa desta mesma espécie. Foi observado que o melhor substrato para oviposição e manutenção da umidade é terra vegetal e que a espécie tem preferência por ambientes muito úmidos, o que foi corroborado em campo. Os adultos devem ser mantidos em recipientes plásticos contendo terra vegetal e acondicionados em câmara climatizada com temperatura (±25°C), umidade relativa (±70%) e fotofase (12h) controlados. Com o intuito de obter a oviposição, a terra deve ser substituída diariamente e armazenada por quatro dias, tempo necessário à eclosão dos ovos, após esse período deve ser triada para a retirada das larvas de 1º instar. Estas devem ser realocadas em outro pote, contendo terra e um pupário recém-formado de S. chlorogaster, para a larva parasitar. A busca pelo pupário pode levar até dois dias, sendo que foi observado que cada pupário é parasitado por apenas um imaturo. Em posterior dissecção verificou-se que durante a fase parasitóide, com duração aproximada de oito dias, a larva de A. pseudochrysorrhoa sofre duas mudas, emergindo do pupário como larva de 3º instar. Uma vez fora do pupário a larva buscará o solo e em menos de 24h irá construir em torno de si uma câmara pupal onde permanecerá por aproximadamente 20 dias. Após pouco mais de 30 dias o adulto de A. pseudochrysorrhoa irá emergir do solo completando o ciclo.

 

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