A CRIAÇÃO DE DERMESTIDAE PARA FINS DE COLEÇÕES MASTOZOOLÓGICA

Aluno de Iniciação Científica: Jaqueline dos Santos Pontes (PIBIC/CNPq)
Curso: Ciências Biológicas
Orientador: Liliani Marilia Tiepolo
Departamento: Zoologia
Setor: Ciências Biológicas
Palavras-chave: Dermestídeos , Limpa-ossos , Mamíferos
Área de Conhecimento: 20405006 - TAXONOMIA DOS GRUPOS RECENTES

Estruturou-se um procedimento para a criação de Dermestidae com o objetivo de utilizar espécies de coleópteros desta Família para limpeza de esqueletos de mamíferos para fins museológicos. Os dermestes, também conhecidos como limpa-ossos ou dermestídeos spossuem hábitos carnívoros e utilizam como habitat cadáveres de espécies de vertebrados, aparecendo no final do processo de sucessão da fauna cadavérica. Há tempos são utilizados para a limpeza de exemplares esqueléticos em museus e laboratórios que necessitam de ossos limpos com rapidez e de forma prática, sem o uso de ferramentas que possam danificar a estrutura a ser estudada. A literatura tem poucas referências quanto a estruturação de viveiros de dermestídeos, o que dificulta sua realização. A bibliografia encontrada demonstra como se utiliza este recurso de forma prática, além de explicar os procedimentos de rotina para manutenção desta fauna. Porém, não dá detalhes de como dar início a colônia. Outro desafio encontrado é o ambiente onde ocorre a pesquisa onde fatores como salinidade e umidade são intensos no litoral paranaense em todas as épocas do ano. Com a finalidade de obter exemplares de derméstideos para a limpeza de crânios e esqueletos de pequenos mamíferos procedentes de coletas realizadas no litoral do Paraná, o estudo realizado consistiu em utilizar um exemplar morto de gambá-de-orelha-preta (Didelphis aurita) para atrair os coleópteros. O estudo se deu em um espaço aberto, exposto as condições climáticas locais, simulando o ambiente natural no município de Pontal do Paraná. Foram realizadas observações diárias, com o intuito de obter exemplares do coleóptero. Após aproximadamente 17 dias de observações, houve o aparecimento de uma pequena quantidade, cerca de 26 exemplares, que durou cerca de um dia. Após este período, ocorreu um elevado índice pluviométrico com um período chuvoso intenso que não proporcionou condições para o surgimento de novos indivíduos. Todos os exemplares foram então coletados e alocados para um recipiente de plástico, de cerca de 40 x 30 cm, com substrato de algodão, e alimentação baseada em couro de bacon. Com este trabalho foi possível concluir que se pode encontrar e dar início a uma criação desta fauna na região do litoral norte paranaense para fins taxonômicos e museológicos. O trabalho ainda continuará com o objetivo de se identificar os melhores meios de criação, assim como a produção de outras colônias, para diminuir a fragilidade genética das comunidades.

 

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