SISTEMÁTICA MOLECULAR DAS ESPÉCIES DE MELIPONA (HYMENOPTERA, APIDAE) DO GRUPO RUFIVENTRIS
Aluno de Iniciação Científica: Jaqueline Dittrich (PIBIC/CNPq)
Curso: Ciências Biológicas
Orientador: Gabriel Augusto Rodrigues de Melo
Colaborador: Grazielle Weiss, Aline Cristina Martins, David Richard da Luz
Departamento: Zoologia
Setor: Ciências Biológicas
Palavras-chave: Melipona , rufiventris , sistemática
Área de Conhecimento: 20400004 - ZOOLOGIA
O gênero Melipona Illiger, 1806 está inserido na subtribo Meliponina, abelhas conhecidas como meliponíneos ou abelhas nativas sem ferrão, que ocorrem nas regiões tropicais e subtropicais de todo o mundo. Trata-se do gênero mais conspícuo de Meliponina, contendo mais de 70 espécies e ocorrendo em toda a região Neotropical. Dentro de Melipona, o grupo rufiventris encontra-se no subgênero Michmelia e é composto por sete espécies descritas. Ocorrem em todo o Brasil e em países vizinhos, sendo difícil a distinção morfológica entre elas por diferirem apenas em poucos detalhes de cor e distribuição da pilosidade. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi investigar a diferenciação genética e as relações filogenéticas entre as espécies do grupo rufiventris com base no sequenciamento do gene mitocondrial COI (citocromo oxidase I). Exemplares de diferentes procedências (dos estados AM, PA, MG, AP, AC, GO, PR, AC, PI, RO e BA) foram processados, sendo que o DNA dos indivíduos foi extraído da musculatura mesossomal. O gene COI foi amplificado por PCR com a utilização dos primers universais HCO e LCO. Após a verificação da amplificação em gel para eletroforese, seguiram-se três passos para o sequenciamento (duas purificações e uma reação de sequenciamento). Todos os procedimentos laboratoriais, incluindo o sequenciamento da maior parte das amostras, foram conduzidos no Laboratório de Biologia Molecular do Departamento de Zoologia da UFPR. Apenas algumas amostras foram enviadas para sequenciamento no exterior. Vinte e quatro amostras foram sequenciadas com sucesso, tendo sido as sequências editadas e alinhadas com os programas Staden e Bioedit. A tradução das 24 sequências obtidas indicou que dezessete delas continham códons de parada e, portanto, correspondiam à amplificação de cópias nucleares do gene COI. Por se tratarem de cópias parálogas, não é possível utilizá-las nas análises de inferência filogenética. Os resultados preliminares indicam que a incorporação de fragmentos de genes mitocondriais no genoma nuclear parece ter ocorrido com grande frequência durante a evolução desse grupo de abelhas.