Aluno de Iniciação Científica: GIOVANNI BRUNO PASCOETO (PIBIC/CNPq)
Curso: Ciências Biológicas
Orientador: Setuko Masunari
Co-Orientador: André Trevisan
Departamento: Zoologia
Setor: Ciências Biológicas
Palavras-chave: Padrão de Atividade , Aeglidae , Comportamento
Área de Conhecimento: 20400004 - ZOOLOGIA

O trabalho consiste em dois experimentos: no primeiro foi descrito o padrão de atividades de machos de Aegla schmitti durante um ciclo circadiano, e no segundo, o padrão de atividades de machos e fêmeas no mesmo aquário. Os animais, todos adultos e em período de intermuda,  foram obtidos no Rio Capivari, município de Bocaiúva do Sul, PR. Os animais capturados foram mantidos em um aquário reserva, sob aeração constante, fotoperíodo de 12 horas claro/escuro e alimentados todos os dias às 18:30  horas. Foram executados dois subexperimentos sucessivos, o primeiro na presença de luz natural (fotoperíodo normal – FN) e o segundo na ausência de luz (sob fotoperíodo invertido – FI, simulando o período noturno). No primeiro experimento, as observações tiveram duração de 30 minutos e foram realizadas em dois aquários de 30x30x50 cm contendo 30 litros de água, com três abrigos e três animais em cada um, às 9, 12, 15 e 18 horas. O mesmo procedimento foi adotado para o FI, com leituras realizadas nos mesmos horários, porém, correspondentes ao período noturno (21, 24, 3 e 6 horas). As seguintes categorias comportamentais foram consideradas: Exploração por Caminhada, Exploração por Natação, Alimentação, Autolimpeza, Interações Sociais, Abrigado e Desabrigado. Os eglídeos despendem a maior parte do tempo em estado Abrigado (48%). As categorias nas quais é envolvida alguma mobilidade foram mais frequentes durante a noite, no começo do FI; depois, elas decresceram gradualmente durante a noite, exceto a Natação e Autolimpeza, que mostraram picos às 21 e 24 horas. A espécie se alimenta e realiza autolimpeza a qualquer hora do ciclo circadiano. O hábito essencialmente noturno de A. schmitti está de acordo com o comportamento de outras espécies do gênero cuja biologia é conhecida. No segundo experimento foi utilizada a mesma metodologia do primeiro, com dois machos e duas fêmeas por aquário. Da mesma forma que o primeiro experimento, os animais foram mais ativos durante o FI. Não parece haver uma diferença significativa na frequência de atividades entre machos e fêmeas, entretanto, às 6 horas do FI, os machos diminuem um pouco sua atividade, enquanto as fêmeas aumentam. 

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