ESTABELECIMENTO DE PROTOCOLO PARA A REGENERAÇÃO DE ORQUÍDEAS IN VITRO
Aluno de Iniciação Científica: Mariana Moresco Ludtke (IC-Voluntária)
Curso: Tecnologia em Biotecnologia - Palotina
Orientador: Suzana Stefanello
Co-Orientador: Eliane Cristina Gruszka Vendruscolo
Colaborador: Fernando Furlan, Sabrina Buttini, Walkyria Neiverth
Departamento: Campus Palotina
Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: Orquídea , cultivo in vitro , reguladores de crescimento
Área de Conhecimento: 20306008 - BOTÂNICA APLICADA
A micropropagação vem sendo utilizada há alguns anos para propagação clonal em grande escala de plantas da família Orchidaceae. A técnica tem auxiliado na preservação e multiplicação de orquídeas em larga escala tendo como uma de suas principais vantagens o manuseio de grande número de indivíduos e sob condições assépticas. O crescimento e a morfogênese de células e tecidos in vitro são regulados pela interação e balanço entre substâncias adicionadas ao meio e também pelas substâncias sintetizadas de forma endógena nas células. Substâncias reguladoras de crescimento como auxinas e citocininas, geralmente são adicionadas ao meio de cultura para auxiliarem no desenvolvimento in vitro influenciando a divisão e o alongamento celular. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito de combinações de reguladores de crescimento no desenvolvimento de plantas de Schomburgkia crispa Lindl. Buscando estabelecer um protocolo para a regeneração da espécie. Plantas com 0,5 ± 1 cm e 2 folhas, obtidas via germinação in vitro em meio de cultura MS, com 3 meses de cultivo foram utilizadas como explantes. Para avaliar o crescimento, o meio de cultura MS foi suplementado com diferentes concentrações de ANA (0; 0,25 e 0,5 mg.L-1) e BAP (0; 0,25 e 0,5 mg.L-1), totalizando 9 tratamentos, com 4 repetições e tendo como unidade experimental um frasco com 20 plantas. Após 90 dias de cultivo in vitro avaliou-se a taxa de sobrevivência, a altura da parte aérea, o número de folhas e o comprimento da maior raiz. Foi observada diferença significativa para todas as variáveis avaliadas. A taxa de sobrevivência foi menor na ausência de reguladores e quando foram utilizadas maiores concentrações de ANA (0,5 mg.L-1) combinadas com BAP (0,25 e 0,5 mg.L-1). O crescimento longitudinal das raízes foi favorecido pela suplementação do meio de cultura com 0,25 mg.L-1 de ANA. O número de folhas foi maior no tratamento contendo 0,5 mg.L-1 de BAP (3,9) não diferindo dos tratamentos com 0,25 mg.L-1 de ANA quando combinado com 0,25 mg.L-1 de BAP e no tratamento com 0,5 mg.L-1 de ANA, resultado que foi similar para a altura da parte aérea. Contudo, os resultados são preliminares e dados conclusivos serão obtidos após períodos de cultivo maiores, visto que as orquídeas são plantas de crescimento lento. Além disso, experimentos testando o efeito de agentes geleificantes e concentrações de nutrientes no meio de cultura estão sendo instalados buscando elucidar o protocolo de regeneração para a espécie.