EFEITO DO ÁCIDO GIBERÉLICO NO CRESCIMENTO DE PLANTAS DE LAELIA TENEBROSA E CATTLEYA BRABANTIAE (ORCHIDACEAE)
Aluno de Iniciação Científica: Daniela Antonietti (IC-Voluntária)
Curso: Ciências Biológicas - Gestão Ambiental - Palotina
Orientador: Suzana Stefanello
Co-Orientador: Patricia da Costa Zonetti
Colaborador: Sabrina Buttini, Gustavo de Souza Lamberti, Ana Tereza Bittencurt Guimarães
Departamento: Campus Palotina
Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: Laelia tenebrosa , Ácido giberélico , Cattleya brabantiae
Área de Conhecimento: 20306008 - BOTÂNICA APLICADA
As orquídeas são plantas de rara beleza e por esse motivo tornaram-se alvo de grande procura e alto valor comercial, sendo muitas vezes coletadas ilegalmente, o que tem contribuído para a espoliação da biodiversidade. Estes atos têm colocado em risco de extinção várias espécies de orquídeas nativas, como é o caso de Laelia tenebrosa. Existe grande interesse na otimização de protocolos que promovam a diminuição do tempo de formação de mudas de orquídeas, reduzindo custos de produção e acelerando a reintrodução de espécies nativas. O ácido giberélico (GA3) é um hormônio que atua nas plantas como estimulante de crescimento originando plantas de maior tamanho, podendo ainda induzir ao florescimento. O presente trabalho objetivou avaliar o efeito de diferentes concentrações de GA3 no crescimento de plantas de Laelia tenebrosa e Cattleya brabantiae germinadas in vitro e cultivadas ex vitro durante um ano. As plantas foram pulverizadas quinzenalmente com quatro concentrações de GA3 (25, 50, 100 e 200 mg.L-1) e as testemunhas foram pulverizadas com água, intercalando-se com pulverizações quinzenais de Biofert® (5 mL.L-1). Os experimentos foram inteiramente casualizados tendo como unidade experimental um vaso de polietileno contendo como substrato casca de Pinus sp., carvão, pó de coco e casca de nozes (1:1:1:1). Para o experimento da L. tenebrosa foram utilizadas quatro plantas por vaso e sete repetições e, para C. brabantiae, foram utilizadas duas plantas por vaso com cinco repetições. Em ambos experimentos foram avaliadas as variáveis sobrevivência, altura da parte aérea, número de folhas, largura e comprimento das folhas e comprimento da maior raiz. Não foi observada diferença significativa entre os tratamentos para nenhuma das variáveis analisadas de C. brabantiae. Diferenças significativas foram observadas para todas as variáveis exceto a largura das folhas em L. tenebrosa. Maior percentual de sobrevivência (96,4%) foi observado para as plantas pulverizadas com 25 mg.L-1 de GA3. A altura da parte aérea foi maior (5,1 cm) nos tratamentos com 50 mg.L-1 de GA3, assim como o número de folhas, não diferindo de 25 mg.L-1 (3,7 e 3,9 respectivamente). O maior comprimento das folhas e da maior raiz foi obtido nas plantas pulverizadas com 200 mg.L-1 de GA3. No período avaliado as plantas não apresentaram a indução de flores e pretende-se acompanhar por um período maior as características de crescimento visto que as orquídeas são plantas de crescimento lento.