PROPAGAÇÃO VEGETATIVA VIA ESTAQUIA DE DRIMYS BRASILIENSIS MIERS. (WINTERACEAE)

Aluno de Iniciação Científica: Arthur Hermann Weiser (PIBIC/CNPq)
Curso: Agronomia
Orientador: Katia Christina Zuffellato-Ribas
Colaborador: Luciele Milani Zem
Departamento: Botânica
Setor: Ciências Biológicas
Palavras-chave: enraizamento , cataia , auxina
Área de Conhecimento: 20303009 - FISIOLOGIA VEGETAL

Drimys Brasiliensis Miers. popularmente conhecida como cataia ou casca-d’anta, é encontrada nas Américas Central e do Sul, sendo o Brasil o principal país de ocorrência desta espécie. É utilizada tradicionalmente como antifebril, estimulante, antiespamódica, aromática, antidiarréica e em certas afecções do trato digestivo. Visto que não há relatos de trabalhos bibliográficos com a propagação vegetativa de Drimys brasiliensis, o objetivo desse trabalho foi verificar o enraizamento de estacas herbáceas e semilenhosas de cataia tratadas com diferentes concentrações de ácido indolbutírico (IBA), coletadas em diferentes estações do ano (inverno/2011 e verão/2012). As estacas foram coletadas de 20 matrizes com aproximadamente 3 metros de altura, localizadas na área experimental da Embrapa Florestas, no município de Colombo-PR, confeccionadas com 11cm de comprimento, corte reto no ápice e em bisel na base, com 2 folhas cortadas ao meio na porção apical. Após a desinfestação do material, as bases das estacas foram imersas por 10 segundos em soluções hidroalcoólicas de IBA conforme os tratamentos: testemunha (100% água), 0 mgL-1 IBA (50% água e 50% álcool), 1500 mgL-1 IBA, 3000 mgL-1  IBA e 6000 mgL-1 IBA. No inverno/2011 foi realizado um delineamento experimental inteiramente casualizado (DIC), em esquema fatorial de 5 x 2 (5 concentrações de IBA x 2 tipos de estaca - herbácea e semilenhosa). As unidades experimentais  de estacas herbáceas e semilenhosas foram compostas por 20 e 18 estacas respectivamente, num total de 4 repetições, acondicionadas em tubetes contendo vermiculita de granulometría fina e casca de arroz carbonizada (1:1), mantidas em casa de vegetação. No verão/2012, o experimento foi realizado somente com estacas herbáceas, num DIC em esquema fatorial de  4 x 2 (4 concentrações de IBA - 0 mgL-1, 1500 mgL-1, 3000 mgL-1 e 6000 mgL-1x 2 épocas - inverno/2011 e verão/2012), com 4 repetições de 18 e 17 estacas herbáceas, no inverno/2011 e verão/2012, respectivamente. Após 120 dias, foram avaliadas a porcentagem de estacas enraizadas, número de raízes/estaca, comprimento médio das raízes/estaca, porcentagem de estacas vivas, com calos, mortas, com novas brotações e que mantiveram as folhas iniciais. A aplicação de IBA não influenciou nenhuma das variáveis estudadas. O verão/2012 apresentou maior numero de raízes/estaca (5,47), e maior mortalidade (29,05 %) que o inverno/2011 (4,25 e 12,19%, respectivamente). As estacas herbáceas apresentaram melhor enraizamento (46,75 %) quando comparadas às semilenhosas (34,44 %). 

 

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