ANÁLISE CITOGENÉTICA EM RHAMDIA QUELEN (PISCES, SILURIFORME) ANTES E APÓS A CONTAMINAÇÃO COM SULFATO DE ALUMÍNIO

Aluno de Iniciação Científica: Marcos Scherer (IC-Voluntária)
Curso: Ciências Biológicas
Orientador: Marta Margarete Cestari
Co-Orientador: Tatiane klingelfus
Colaborador: Paula Moiana da Costa
Departamento: Genética
Setor: Ciências Biológicas
Palavras-chave: Peixes , Aberrações cromossômicas , Ecotoxicologia
Área de Conhecimento: 20206003 - MUTAGENESE

A espécie Rhamdia quelen (Siluriforme), popularmente conhecida como Jundiá, apresenta ampla distribuição por toda a América do Sul e Central. Por ser uma espécie de hábito onívoro, tem grande produção em piscicultura e é utilizada em testes in vivo. O trabalho teve por objetivo avaliar a genotoxicidade do sulfato de alumínio em Rhamdia quelen através do teste de aberrações cromossômicas. Os peixes (34 exemplares) foram submetidos à contaminação com sulfato de alumínio, nas concentrações de 5 mg/kg, 50 mg/kg e 500 mg/kg, via trófica, durante 60 dias. O controle negativo foi composto por 11 exemplares de jundiás , totalizando 44 peixes utilizados neste bioensaio. O método utilizado para obtenção de metáfases foi suspensão de células do rim posterior em meio de cultura RPMI, por um período de aproximadamente oito horas, com posterior adição de colchicina 0,025% nos 45 minutos finais. Após esse procedimento as amostras foram hipotonizadas com solução de KCl 0,075M, fixadas com fixador Carnoy (3 partes de  metanol, por uma parte de ácido acético), e pingadas em lâmina úmida e pré-aquecida  à 54ºC. As lâminas foram coradas em solução de Giemsa a 5% (tampão fosfato pH 6,8). Em seguida foram analisadas em microscopia óptica, buscando até 50 metáfases por exemplar e observando a ocorrência de aberrações cromossômicas tais como: quebras de cromátide, desespiralização e separação precoce de cromátides. Houve diferença, na frequência total de aberrações cromossômicas, dos grupos contaminados com sulfato de alumínio nas concentrações de 5 mg/kg (P = 0,0154) e 50 mg/kg (P = 0,0245), em relação ao controle negativo. O grupo contaminado com sulfato de alumínio na concentração de 500 mg/kg não apresentou diferença (P > 0,05), provavelmente, devido à menor amostragem de metáfases. Este fato pode ter ocorrido devido ao elevado dano causado aos organismos provavelmente em virtude da alta dosagem (500 mg/kg). Sendo assim, pode-se concluir que o sulfato de alumínio nas concentrações testadas, apresenta efeito genotóxico, causando aberrações cromossômicas do tipo estruturais.

 

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