AVALIAÇÃO DO EFEITO TÓXICO DO SULFATO DE ALUMÍNIO EM RHAMDIA QUELEN (PISCES, SILURIFORME) PELO TESTE DE MICRONÚCLEOS PÍSCEOS EM TECIDOS

Aluno de Iniciação Científica: Helena da Veiga Koehler (CNPq-Balcão)
Curso: Ciências Biológicas
Orientador: Marta Margarete Cestari
Co-Orientador: Paula Moiana da Costa
Colaborador: Elisiane Kuss Lourenço
Departamento: Genética
Setor: Ciências Biológicas
Palavras-chave: Sulfato de Alumínio , Micronúcleos , Rhamdia quelen
Área de Conhecimento: 20206003 - MUTAGENESE

O alumínio é um metal presente em pequenas quantidades nos organismos vivos, contudo é abundante no ambiente na forma oxidada. O alumínio constitui um dos maiores poluentes dos solos e das águas, sendo transferido entre os organismos via trófica, podendo assim causar sérios problemas tanto aos ecossistemas quanto à saúde humana. Estudos realizados mostram que o aumento do alumínio dissolvido na água causa danos nas brânquias e mortes de peixes, e a cromatina é a estrutura celular mais vulnerável a sua ação. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a ação genotóxica do Sulfato de Alumínio através do teste de micronúcleos písceos e alterações morfológicas nucleares (AMN) em Rhamdia quelen (Siluriforme), popularmente conhecido como Jundiá. Para tal, os animais foram submetidos a uma contaminação subcrônica por 60 dias, via trófica, com as doses de 5 e 500 mg/Kg de Sulfato de Alumínio inserido em ração preparada com gelatina incolor, perfazendo um total de 20 doses. O teste de micronúcleos foi adaptado a partir da metodologia descrita por Carrasco et al, em 1990. Os resultados obtidos foram analisados pelo teste estatístico Kruskal-Wallis, com o auxílio do software BioEstat 5.0, e demonstraram que no tecido hepático apenas o grupo contaminado com a dose de 500 mg/Kg obteve freqüências significativas para AMN do tipo bleebed, (p= 0,0073), quando comparado ao grupo controle. As outras alterações analisadas (notched, vacuolated, lobed e células binucleadas) não apresentaram uma freqüência diferente das observadas no controle negativo. O tecido branquial, por sua vez, apresentou significância para alteração do tipo vacuolated, também somente na maior dose administrada (p= 0,0035). O tecido renal não obteve resultados significativos em nenhuma das doses utilizadas, e o cerebral não apresentou condições de análise. Não foram observados micronúcleos no presente estudo. Com isso, observamos que as células do fígado e das brânquias apresentaram  alterações do tipo bleebed e vacuolated, respectivamente, na concentração de 500mg/kg de sulfato de Alumínio, podendo estas alterações serem preferenciais para estes tipos de tecidos.

 

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