GENOTIPAGEM DE BAFF/BLYS EM AMOSTRAS DE PACIENTES COM PÊNFIGO E EM AMOSTRAS DA POPULAÇÃO GERAL
Aluno de Iniciação Científica: Simone Lenis Fachin (PIBIC/CNPq)
Curso: Ciências Biológicas
Orientador: Maria Luiza Petzl-Erler
Departamento: Genética
Setor: Ciências Biológicas
Palavras-chave: BLyS , Pênfigo Foliáceo , Imunogenética
Área de Conhecimento: 20205007 - GENÉTICA HUMANA E MÉDICA
Pênfigo foliáceo (PF) é uma doença autoimune complexa caracterizada pela presença de autoanticorpos contra a desmogleína 1, uma glicoproteína constituinte dos desmossomos e responsável pela adesão entre as células da pele. Como consequência, ocorre o desprendimento das camadas mais superficiais da pele, processo denominado acantólise. Sabe-se que a susceptibilidade genética ao PF é mediada pela interação entre vários genes e que polimorfismos em genes com importantes funções imunológicas estão associados a uma maior susceptibilidade ou resistência a doença. Um destes genes é o BLYS (B Lymphocyte Stimulator), que codifica uma molécula estimuladora de linfócitos B, os quais são responsáveis pela produção de anticorpos, inclusive os autoanticorpos do PF. A molécula BLyS, que também é conhecida como BAFF ou TNFSF13B, liga-se a receptores na superfície das células B, estimulando sua sobrevivência e proliferação. Em um estudo anterior, foi observada a expressão aumentada de BLyS em células T CD4+ de pacientes de PF em relação a controles e pacientes em tratamento. Quantidades aumentadas de BLyS também foram observadas no soro de pacientes de outras doenças autoimunes. Moléculas que inibam BLyS estão sendo testadas como possíveis agentes terapêuticos. O objetivo deste trabalho é descrever as frequências alélicas e genotípicas de BLYS em amostras de pacientes com PF e de indivíduos não acometidos pela doença. Para isto, o SNP polimórfico na região promotora do gene, na posição -871 C>T, rs9514828, está sendo genotipado pelo método PCR-RFLP. Uma análise anterior deste SNP em uma amostra de pacientes e controles de PF indicou que o alelo C seria um alelo de susceptibilidade à doença, enquanto que portadores do alelo T seriam mais protegidos. Até o momento foram genotipados 165 indivíduos controles de PF da região metropolitana de Curitiba. As frequências genotípicas foram C/C 31%, C/T 46% e T/T 23%, estando em equilíbrio de Hardy-Weiberg (P=0,35). Foram realizados testes de homogeneidade entre os dados obtidos e dados prévios (MALHEIROS E PETZL-ERLER, 2009), comparando-se as frequências alélicas e genotípicas entre as amostras totais e as subamostras de euro-brasileiros. Os resultados revelaram diferenças significativas entre as frequências alélicas dos dois estudos (P=0,009 e P=0,002, respectivamente). As amostras que ainda estão sendo genotipadas irão complementar este estudo, permitindo a análise de associação com o PF, assim como conclusões sobre as causas das diferenças entre as populações.