VARIABILIDADE GENÉTICA DO GENE RAPH1 E SUA RELAÇÃO COM A BUTIRILCOLINESTERASE
Aluno de Iniciação Científica: Sarah da Costa Amaral (PIBIC/CNPq)
Curso: Farmácia
Orientador: Ricardo Lehtonen Rodrigues de Souza
Co-Orientador: Lupe Furtado Alle
Colaborador: Fabiana Antunes de Andrade
Departamento: Genética
Setor: Ciências Biológicas
Palavras-chave: RAPH1 , CHE2 , butirilcolinesterase
Área de Conhecimento: 20205007 - GENÉTICA HUMANA E MÉDICA
O gene RAPH1, localizado no braço longo do cromossomo 2(2q33), codifica a proteína lamelipodina que atua na motilidade celular e está envolvida em processos como a morfogênese dos axônios e a proliferação celular. A região rica em prolina desta proteína foi observada dirigindo a formação do tetrâmero da butirilcolinesterase (BChE; EC 3.1.1.8), uma enzima sérica codificada pelo gene BCHE (3q26.1-q26.2), amplamente distribuída no organismo. A interação entre o produto do gene BCHE (3q26.1-q26.2) e CHE2 (2q33-35) dá origem aos fenótipos CHE2 C5+ e CHE2 C5-. Até o momento, a natureza molecular da substância codificada pelo loco CHE2 não foi completamente elucidada, no entanto, sabe-se que o fenótipo CHE2 C5+ está relacionado a uma maior atividade da BChE e menor peso e índice de massa corporal, quando comparados a seus controles CHE2 C5–. O gene que codifica esta proteína desconhecida (CHE2; 2q33-35), está localizado na mesma posição do cromossomo 2 que o gene responsável por codificar a lamelipodina (RAPH1; 2q33). Recentemente foi levantada a hipótese de que a proteína desconhecida possa ser uma forma atípica da lamelipodina devido a um mau funcionamento de alguma protease no fígado responsável por clivá-la, deixando-a com um tamanho maior em relação à lamelipodina presente no tetrâmero da BChE. O objetivo deste trabalho é estudar a variabilidade genética do gene RAPH1 através de PCR-SSCA e seqüenciamento, em amostras de doadores de sangue selecionadas ao acaso, buscando descrever a variação do gene e encontrar a possível mutação responsável pelo fenótipo CHE2 C5+. Foram genotipados 85 indivíduos caucasóides utilizando o par de primers Lpd4a e 68 indivíduos caucasoides para o par de primers Lpd4b, ambos no exon 4 do gene RAPH1. Até o momento, nenhuma variação foi encontrada e o padrão observado nos géis parece corresponder a de homozigotos, para ambos os seguimentos genotipados. Entretanto, para melhor confiabilidade dos resultados, algumas amostras serão confirmadas por sequenciamento.