Aluno de Iniciação Científica: Marília Baptista (IC-Voluntária)
Curso: Ciências Biológicas
Orientador: Iris Hass
Co-Orientador: Ives José Sbalqueiro
Colaborador: Devânia Patrícia de Jesus, Mariana Mayer Mion, Marina Valquíria Vatte
Departamento: Genética
Setor: Ciências Biológicas
Palavras-chave: Tayassu tajacu , Microssatélites , Variabilidade genética
Área de Conhecimento: 20204000 - GENÉTICA ANIMAL

A espécie Tayassu tajacu, conhecida popularmente como cateto ou porco - do - mato, possui ampla distribuição geográfica e encontra-se do sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina sendo, portanto, uma espécie nativa da fauna brasileira. Estes animais estão sendo ameaçados, devido à caça, destruição de seu hábitat natural e competição territorial com espécies exóticas. A carne desses animais tem importância alimentar em algumas populações humanas e desta forma sofrem intensa caça. Com a finalidade de minimizar esta prática e também com o propósito de comercialização da carne e da conservação da espécie, estes animais vêm sendo criados em cativeiro. Contudo, torna-se necessário conhecer a variabilidade genética da espécie, para que tanto a exploração comercial quanto a atividade de conservação sejam viáveis promovendo pouca alteração da diversidade biológica. Para tal propósito, esse estudo visou avaliar a variabilidade genética em populações de catetos, mantidas em cativeiro, por meio da utilização de loci de microssatélites heterólogos, desenvolvidos para porco doméstico (Sus scrofa domestica). Nessa pesquisa, 49 indivíduos de três criadouros do Estado do Paraná (Parque Municipal das Araucárias,  Fazenda Experimental Gralha Azul e Fazenda daPraia-Alto do Amparo) foram caracterizados para três loci de microssatélites (ALOX12A, SWR1928 e SW2435). A extração de DNA foi obtida a partir de amostras de sangue, a amplificação foi feita por meio de PCR e a visualização dos alelos foi realizada em gel de poliacrilamida não-desnaturante 10%. Dos três loci testados o SW2435 não apresentou amplificação, apesar de terem sido realizados vários testes com diferentes concentrações de cloreto de magnésio e de temperaturas de anelamento. Entre os testes preliminares realizados com o locus ALOX12A em diferentes concentrações de magnésio, foi identificado um indivíduo heterozigoto com alelos de aproximadamente 136/140pb e um outro homozigoto com 140pb, a amostra controle de porco apresentou alelo de 140pb. Já os testes preliminares com o locus SWR1928 (variação de concentração de magnésio e de temperatura de anelamento) apresentou alelo de 120 pb na amostra controle de porco e de aproximadamente 116/120pb para indivíduos heterozigotos e de 116pb para indivíduos homozigotos da amostra. Estes dados sugerem que mais loci de microssatélites devem ser utilizados na amostra e que novos indivíduos dos mesmos criadouros e de outros criadouros devem ser pesquisados para uma caracterização mais sólida da variabilidade genética da espécie.

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