DESENVOLVIMENTO E AGROTRANSFORMAÇÃO DE ENDOFÍTICOS EXPRESSANDO O GENE REPÓRTER DSRED OU MCHERRY PARA ENSAIOS DE CONTROLE BIOLÓGICO DE GUIGNARDIA CITRICARPA
Aluno de Iniciação Científica: Natália Minetto Izui (PIBIC/Fundação Araucária)
Curso: Engenharia de Produção
Orientador: Chirlei Glienke
Colaborador: Eduardo Henrique Goulin, Daiani Cristina Savi
Departamento: Genética
Setor: Ciências Biológicas
Palavras-chave: Phyllosticta capitalensis , Xylaria sp , agrotransformação
Área de Conhecimento: 20202008 - GENÉTICA MOLECULAR E DE MICROORGANISMOS
Em se tratando da produção de frutas cítricas, o Brasil é destaque mundial, especialmente de laranjas, por ser o maior produtor e exportador do suco da fruta. Dentre todo o mercado importador do produto brasileiro, o principal é a União Europeia, que exige um alto padrão dos frutos que importa. Sendo assim, o prejuízo causado por doenças é muito grande. O microrganismo Phyllosticta citricarpa (Teleomorfo: Guignardia citricarpa) é um fungo fito patogênico causador da Mancha Preta de Citros (MPC) que, por ser uma doença quarentenária A1 na Europa, faz com que os frutos in natura com sintomas da doença sejam rejeitados pela comunidade Europeia. Para amenizar as perdas financeiras no agronegócio citrícola, recorre-se muitas vezes ao uso de fungicidas para controlar os causadores dessas doenças, uma atividade também não muito bem vista pelos importadores. Porém, outros fungos que estão associadas às plantas cítricas de forma endofítica, como Phyllosticta capitalensis e Xylaria sp, vêm sendo objeto de estudos alternativos para o controle biológico do patógeno P. citricarpa e alguns isolados foram identificados como produtores de metabólitos com atividade contra este fitopatógeno. Sistemas de transformação genética utilizando genes repórter (como gfp) podem ser usados para estudos de interação destes microrganismos no interior da planta. A agrotransformação do fitopatógeno P. citricarpa foi obtido anteriormente pelo grupo e tais transformantes expressam a proteína fluorescente verde GFP (Green Fluorescent Protein). Igualmente o endófito Xylaria sp já foi transformado anteriormente, porém não validado. No presente trabalho, realizou-se a análise e caracterização destes transformantes por meio de reações de PCR para confirmação da transgenia. Além disso, foi avaliado se os transformantes mantiveram a produção dos compostos metabólicos e a capacidade de inibição do crescimento do fitopatógeno. Os resultados foram positivos, sendo que os objetivos foram alcançados. Avaliaram-se ainda, diferentes condições de cultivo destes endofíticos visando maximizar a produção dos compostos ativos.