INDUÇÃO DE SINTOMAS DA DOENÇA MANCHA PRETA DOS CITROS PARA ESTUDO DA EPIDEMIOLOGIA E CONTROLE BIOLÓGICO DO FUNGO PHYLLOSTICTA CITRICARPA
Aluno de Iniciação Científica: Desirrê Alexia Lourenço Petters (PIBIC/CNPq)
Curso: Ciências Biológicas
Orientador: Chirlei Glienke
Departamento: Genética
Setor: Ciências Biológicas
Palavras-chave: Phyllosticta citricarpa , Mancha Preta dos Citros , microlesões
Área de Conhecimento: 20202008 - GENÉTICA MOLECULAR E DE MICROORGANISMOS
A Mancha Preta dos Citros é uma doença que afeta várias espécies de citros importantes economicamente, trazendo grandes prejuízos e problemas aos produtores, principalmente devido à grande dificuldade de ser controlada e/ou erradicada. Além dos gastos com o custo de produção, a exportação dos frutos também é afetada, uma vez que barreiras fitossanitárias impedem a entrada dos mesmos em locais livres da doença. Nesse contexto, estudos de distribuição do patógeno, bem como de técnicas de diagnóstico molecular e controle biológico são importantes, uma vez que auxiliam no monitoramento da presença do patógeno nos pomares cítricos, orientando medidas de controle mais efetivas, que envolvem tanto a delimitação de locais afetados quanto permitem que locais livres da doença possam destinar seus frutos à exportação. As atividades desenvolvidas com relação a estes estudos envolveram manutenção de linhagens de endófitos, transformantes e realização de testes de indução de sintomas em frutos, também avaliando o potencial de extratos vindos de outros microrganismos na inibição destes sintomas. Os testes de indução de sintomas são realizados através de injúria em frutos destacados, inoculando o patógeno, que se desenvolve, gerando uma lesão na casca do fruto. Entretanto, novos testes têm sido feitos sem a realização de injúria nos frutos, objetivando obter as lesões e sintomas característicos apenas com a utilização de esporos do patógeno. Frutos destacados tiveram sua casca delimitada em duas regiões, onde uma delas foi levemente raspada, enquanto a outra permaneceu intacta. Ambas as regiões foram inoculadas com uma solução de esporos do fungo, e os frutos foram mantidos em câmara de germinação por 30 dias, sendo borrifados com Ethrel após este período. As áreas delimitadas na casca foram fotografadas em diferentes intervalos de tempo após a aplicação do Ethrel, em busca da presença de sintomas. Algumas áreas apresentaram microlesões, embora não apresentassem macrolesões similares às lesões características da doença. A partir destes resultados, a próxima etapa é variar as condições do teste a fim de obter as macrolesões, bem como extrair o DNA das microlesões e realizar o isolamento do microrganismo, confirmando a origem dos sintomas.