ONCOLOGIA NA MEDICINA ZOOLÓGICA

Aluno de Iniciação Científica: Daisy Woellner Santos (Pesquisa voluntária)
Curso: Medicina Veterinária - Curitiba
Orientador: Rogério Ribas Lange
Co-Orientador: Simone Domit Guerios
Colaborador: Rubia Carolina Sella, Horrana Oliveira Cavalcante da Silva Souza, Aline Luiza Konell
Departamento: Clínica Médica
Setor: Ciências da Saúde
Palavras-chave:
Área de Conhecimento: 20000006 - CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

O diagnóstico e tratamento de neoplasias representam um dos maiores desafios com que se depara o médico veterinário. O objetivo do estudo foi avaliar a incidência da oncologia na medicina zoológica, diante das outras afecções que acometem animais selvagens. Foram analisadas retrospectivamente 764 fichas clínicas de pacientes atendidos no Ambulatório de Animais Selvagens do HV-UFPR, no período entre janeiro de 2009 a fevereiro de 2012. Os casos foram avaliados com relação ao diagnóstico, tratamento e evolução da doença. As fichas clínicas foram separadas primeiramente por classe e em seguida por especialidades médicas, foram excluídos os casos sem confirmação diagnóstica. As aves representaram 45,4% (347/764) das classes atendidas, os mamíferos 40,1% (306/764) e os répteis 14,5% (111/764). As neoplasias representaram 1,7% (6/347) nas aves, 3,3% (10/306) nos mamíferos e não foram observadas nos répteis. Os casos oncológicos observados nas aves foram os cutâneos (3 lipomas e 1 carcinoma de células escamosas), um linfoma e um sarcoma de tecidos moles. Nos mamíferos foram observados tumores mamários (3 adenocarcinomas e 2 adenomas), cutâneos (carcinoma bucoescamoso, histiocitoma benigno, histiocitoma maligno e hemangioma) e um sarcoma de tecidos moles. Os casos de neoplasias cutâneas em aves foram todos diagnosticados em pscitaformes, sendo o lipoma a com maior prevalência, e os mamíferos foram principalmente acometidos por tumores mamários, sendo o mais comum em fêmeas, o que já era previsto de acordo com os achados da literatura. A casuística das neoplasias na medicina zoológica ressalta a importância de haver um domínio maior por parte dos médicos veterinários nesta área, tendo em vista o aumento no número de casos confirmados devido, principalmente, ao avanço das técnicas diagnósticas e crescente uso da histopatologia e citologia.

 

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