UTILIZAÇÃO DE NINHOS ARTIFICIAIS POR AVES NO MUNICÍPIO DE PALOTINA, PARANÁ
Aluno de Iniciação Científica: Aline Giombelli da Silva (IC-Junior/FA)
Curso: Ciências Biológicas - Gestão Ambiental - Palotina
Orientador: Márcia Santos de Menezes
Co-Orientador: Luiz Augusto Macedo Mestre
Departamento: Zoologia
Setor: Ciências Biológicas
Palavras-chave: caixas-ninho , reprodução , aves
Área de Conhecimento: 20000006 - CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
Diversas espécies de vertebrados encontrados em florestas tropicais são dependentes de cavidades naturais para nidificação ou abrigo. Em função das altas taxas de desmatamento e degradação, a redução das cavidades naturais pode limitar a sobrevivência dessas espécies, se tornando um fator limitante para os vertebrados dependentes deste recurso. O impacto deste processo pode ser atenuado incorporando-se a estratégias de manejo, um programa de cavidades para ninhos. Com o objetivo de verificar quais espécies utilizam esse recurso para abrigo ou reprodução, foram instaladas 80 caixas ninhos em duas áreas no campus da UFPR em Palotina. Uma área é de bosque e a outra, uma área aberta com fluxo de pessoas. As caixas apresentam dois tamanhos, pequenas (15 x 15 x 21 cm), diâmetro da entrada 4,4 cm e grandes (18 x 18 x 35 cm) e diâmetro da entrada 6,6 cm, que foram distribuídas uniformemente nas duas áreas, obedecendo a uma distância aproximada de 20 metros uma da outra e a uma altura de 2 metros. As caixas foram instaladas no inicio do mês de setembro de 2011, sendo vistoriadas duas vezes por semana, utilizando-se uma haste de alumínio com espelho somente uma vez na semana. Foram classificadas como ativas ou não ativas. Obteve-se um total de 23 caixas ocupadas (29%), sendo 2 ocupações no bosque e 21 em área aberta. As caixas foram ocupadas por duas espécies de aves, Sicalis flaveola (canarinho-da-terra) e Troglodytes musculus (corruíra). O mês de outubro foi o período que teve uma maior frequência de ocupação (19%). As caixas foram utilizadas para reprodução e abrigo. Três caixas foram ocupadas mais de uma vez: a caixa 11 foi ocupada 2 vezes por T. musculus (corruíra); a caixa 39 foi ocupada 3 vezes (2 vezes por S. flaveola (canarinho-da-terra) e 1 por T. musculus (corruíra); a caixa 33 foi ocupada 4 vezes somente por S. falveola. As demais caixas ocupadas foram utilizadas somente 1 vez. A caixa de numero 9 embora tenha tido postura, não obteve sucesso reprodutivo. As duas aves que utilizaram as caixas não são consideradas espécies ameaçadas de extinção. Comparando com resultados de outras pesquisas, foi possível perceber que as mesmas espécies utilizaram as caixas nos projetos realizados em São Paulo, Santa Catarina e Amapá.