AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DE BIODEGRADAÇÃO DE CORANTES DA INDUSTRIA TEXTIL POR MICROORGANISMOS  DO AMBIENTE

Aluno de Iniciação Científica: Jaqueline Rosa (PIBIC/CNPq)
Curso: Ciências Biológicas
Orientador: Jaime Paba
Co-Orientador: Vanessa Kava-Cordeiro
Colaborador: Elisandro Bruscato, Carolina Heyse Niebisch
Departamento: Bioquímica
Setor: Ciências Biológicas
Palavras-chave: Biodegradação , Fungo endofítico , Corantes têxteis
Área de Conhecimento: 20000006 - CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

A produção anual de corantes e pigmentos industriais é estimada em mais de 700 mil toneladas. Considerando que cerca de 15% dos corantes utilizados na indústria são perdidos para os corpos de água durante o processamento das fibras têxteis, nota-se a problemática ambiental envolvida com estas substâncias. Os tratamentos atuais para efluentes da indústria têxtil não são capazes de degradar de maneira eficiente estes compostos, neste contexto a biodegradação, degradação biológica de poluentes, tem se mostrado uma alternativa promissora. O microrganismo utilizado neste trabalho é um fungo endofitico com potencial de biodegradação e que apresenta uma enzima lacase associada à parede miceliar.  Para as análises o fungo foi cultivado por 15 dias em meio previamente otimizado e o micélio retirado para avaliação de seu potencial de descoloração. As análises de atividade descorante e atividade enzimática foram monitoradas por espectrofotometria. O corante utilizado como modelo foi o Remazol Azul (RB220). Foram realizados testes de descoloração frente a diferentes valores de pH e concentrações de sal, além da avaliação do efeito de indutores na atividade descorante e na produção de lacase. Os resultados indicam que a enzima apresenta como pH ótimo 2, e mantém-se relativamente estável em valores de pH entre 3 e 9 com retenção de 50 % ou mais da atividade descorante. A concentração de sal na qual se obteve a máxima atividade descorante foi 0,2 g/L de NaCl. Na presença dos indutores veratraldeído e ácido ferúlico no meio de cultivo pode-se observar um aumento de 5 e 6 vezes, respectivamente,  tanto na atividade descorante quanto na produção de lacase. O isolado fúngico apresenta potencial para utilização em processos de biodegradação, porém mais estudos são necessários para sua aplicação.

 

0196