CARACTERÍSTICAS DA HIDRODINÂMICA E ESTRATIFICAÇÃO DE DOIS SUBESTUÁRIOS DO COMPLEXO ESTUARINO DE PARANAGUÁ – BRASIL DURANTE UM CICLO DE MARÉ DE SIZÍGIA
Aluno de Iniciação Científica: Nicole Gabriele Paloschi (PIBIC/CNPq)
Curso: Oceanografia - Pontal do Paraná
Orientador: Mauricio Almeida Noernberg
Departamento: Centro de Estudos do Mar
Setor: Ciências da Terra
Palavras-chave: subestuário , Medeiros , Itaqui
Área de Conhecimento: 10802002 - OCEANOGRAFIA FÍSICA
O estudo caracterizou a dinâmica hídrica, o padrão de circulação e as variações espaço-temporais da estrutura termo-halina em um ciclo de maré de sizígia dos subestuários Medeiros e Itaqui, no Complexo Estuarino de Paranaguá. Inicialmente foi realizado um levantamento batimétrico para conhecer a estrutura do assoalho dos subestuários, possibilitando determinar os pontos de amostragem de dados, de acordo com as principais feições morfológicas do fundo. Os parâmetros hidrográficos e correntográficos foram coletados em cada subestuário ao longo de um ciclo de maré de sizígia semi-diurna (13 h) no verão de 2012. A vazão de água na desembocadura dos subestuários foi obtida através de transectos horários realizados com um perfilador acústico (Sontek-ADP 1000kHz). Os dados de salinidade, temperatura e densidade foram coletados ao longo do gradiente halino de Itaqui e Medeiros, através de perfilagens horárias de CTD. As estações amostrais m Itaqui foram num total de quatro e três em Medeiros. No subestuário Itaqui o range de maré foi de 1,4m e a temperatura média da água de 29,2°C, variando entre 30,4°C e 25,1°C ao longo do ciclo. A salinidade mínima foi 20,1 ups a 0,2m de profundidade e a máxima de 25,0 ups a 5,8m. A estratificação máxima foi de 4,9 ups durante o início da maré vazante. No subestuário Medeiros o range de maré foi de 1,2m e a temperatura média da água foi 30,6°C, tendo variado apenas 0,6°C durante o período de medição. A estratificação máxima ocorreu durante o início da enchente, com valor de 2,8 ups. Os valores extremos de salinidade encontrados ficaram entre 21,4 e 25,3 ups. Os dados mostram que a estratificação foi maior nos momentos de estofo de maré, os quais apresentam baixa velocidade longitudinal média na coluna d’água, sendo o subestuário de Itaqui mais estratificado provavelmente devido sua maior bacia de drenagem. O trabalho visa, ainda, classificar cada subestuário de acordo com o método proposto por Hansen e Rattray (1966), calcular os valores de vazão resultante e estimar o aporte de água doce proveniente da drenagem continental.