ASSEMBLÉIA DE PEIXES AO LONGO DE UM ESTUÁRIO SUBTROPICAL: UMA ANÁLISE BASEADA EM ESPÉCIES, FAMÍLIAS E GUILDAS 

Aluno de Iniciação Científica: Natiely Natalyane Dolci (PIBIC-AF/CNPq)
Curso: Oceanografia - Pontal do Paraná
Orientador: Henry Louis Spach
Colaborador: Ciro Colodetti Vilar de Araujo
Departamento: Centro de Estudos do Mar
Setor: Ciências da Terra
Palavras-chave: Ictiofauna , Gradiente Ambiental , Baía da Babitonga
Área de Conhecimento: 10801006 - OCEANOGRAFIA BIOLÓGICA

Atualmente as guildas têm sido utilizadas para simplificar a estrutura e a dinâmica de ecossistemas, que são inerentemente complexos independente dos mecanismos de distribuição dos recursos. Estas ferramentas estão sendo amplamente empregadas na descrição da estrutura das assembléias de peixes nos estuários, por considerarem padrões ecológicos da ictiofauna em questão. Além disso, as informações adquiridas a partir desta abordagem podem auxiliar na tomada de decisões de manejo de áreas estuarinas. Este estudo analisou a composição da ictiofauna em ambientes intertidais ao longo do eixo leste-oeste da baía da Babitonga, Santa Catarina, empregando como métricas a composição de espécies, famílias e guildas de uso do estuário e trófica. Em 12 estações amostrais distribuídas ao longo da área foram coletadas 77 espécies de peixes. Os dados de presença e ausência das famílias e espécies, bem como dados quantitativos de espécies mostraram diferenças entre os pontos de coleta a partir das análises de MDS e ANOSIM, fato não verificado para os dados de guildas. Os dados de abundância e de presença e ausência de espécies e famílias revelaram a presença de um gradiente de ocupação, com diferenças quali-quantitativas entre as ictiofaunas dos setores externo, médio e interno do estuário. Quanto às guildas de uso do estuário, os migrantes marinhos dominam em número de espécies, seguido pelos visitantes marinhos. Em termos de abundância relativa, os estuarinos dominam em número, seguidos pelos migrantes marinhos e visitantes marinhos. Em relação às guildas tróficas, foi maior o número de espécies zoobentívoras, seguidas pelas zooplanctívoras e piscívoras. Em termos de abundância relativa, as zooplanctívoras dominam em número, seguidas pelas herbívoras e zoobentívoras. As guildas de uso do estuário e guildas tróficas não diferiram entre os setores. Os setores representam bem as diferenças taxonômicas, mas não as diferenças funcionais das assembléias dentro do estuário.

 

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