AVALIAÇÃO DE COLIFORMES EM OSTRAS CULTIVADAS EM LAMA, MESAS E EM “LONG LINE”

Aluno de Iniciação Científica: Karina Vieira Gomes (IC-Voluntária)
Curso: Oceanografia - Pontal do Paraná
Orientador: Hedda Elisabeth Kolm
Departamento: Centro de Estudos do Mar
Setor: Ciências da Terra
Palavras-chave: Escherichia coli , ostras , analises microbiológicas
Área de Conhecimento: 10801006 - OCEANOGRAFIA BIOLÓGICA

Em função do aumento do consumo de frutos do mar e dos riscos associados à contaminação destes, é necessária a avaliação da qualidade microbiológica das águas de cultivo e das ostras. O principal contaminante destes organismos é o esgoto, e a Escherichia coli é um dos melhores bioindicadores deste tipo de contaminação. Assim avaliaram-se na presente pesquisa parâmetros físico-químicos e a quantidade de coliformes totais e de E. coli na água em que são cultivadas ostras próximo à desembocadura da Baía de Guaratuba, Paraná. Também foi comparada a quantidade destes micro-organismos em ostras de três tipos de cultivo. Para tanto, foram mantidas, por um mês, ostras em três diferentes locais: lama – dois travesseiros de arame (n = 2) com 20 ostras em cada, sobre a região lodosa do manguezal; mesas – dois travesseiros com 20 ostras em cada (n = 2) sobre bancadas na região do mesolitoral e “long line” – método mais comum de produção, no qual 20 ostras ficaram em cada prateleira de uma lanterna, integralmente submersas. Foi utilizada para as análises microbiológicas a técnica de substrato cromogênico. Registrou-se uma grande concentração de coliformes totais na água (1.482 NMP.100ml-1), no entanto pequena de E. coli (59,18 NMP.100ml-1). As quantidades de E. coli na águaforam inversamente proporcionais à quantidade de matéria orgânica em suspensão e à temperatura. Valores altos de coliformes totais também foram encontrados em todos os tipos de cultivos: lama (276,07 NMP.g-1), mesas (540,79 NMP.g-1) e “long line” (498,14 NMP.g-1). Também houve altas concentrações de E. coli nos cultivos de mesas (118,81 NMP.g-1) e “long line”, (498,05 NMP.g-1). Esses valores eram esperados em função do maior tempo de imersão das ostras, na água.  Apenas no cultivo em lama não foram verificados níveis críticos de E. coli (3,61 NMP.g-1), explicado pelo menor tempo de imersão destas ostras, no entanto neste tipo de cultivo houve a maior mortalidade. Assim sendo, as quantidades de E. coli por ostras nos cultivos seguem a seguinte proporção: lama.

 

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