MODELAGEM SIMPLIFICADA PARA PREVISÃO DO ALCANCE DE FLUXO DE DETRITOS NA BACIA DO GIGANTE – SERRA DO MAR PARANAENSE
Aluno de Iniciação Científica: Karen Estefania Moura Bueno (CNPq-Balcão)
Curso: Geografia
Orientador: Irani dos Santos
Departamento: Geografia
Setor: Ciências da Terra
Palavras-chave: Fluxo de Detritos , Modelagem , Previsão
Área de Conhecimento: 10705015 - GEOMORFOLOGIA
O evento pluviométrico ocorrido março de 2011 desencadeou processos geomorfológicos de grande magnitude na Serra do Mar Paranaense, os quais provocaram profundas alterações na paisagem. Dentre os locais mais afetados destaca-se a bacia do Gigante, localizada na Serra do Mar Paranaense, compreendida nas coordenadas 25º 35’ 53” S 48º 40’ 47” W , ocupando uma área de 1,79 km² , a qual apresenta altas declividades e foi fortemente afetada por deslizamentos e fluxos de detritos. Este trabalho tem como objetivo a realização de uma revisão bibliográfica a fim de contextualizar, diferenciar e apresentar as relações entre deslizamentos e fluxo de detritos, assim como avaliar a eficiência de um modelo empírico simplificado para previsão da deposição e determinação do volume de fluxo de detritos. Vale ressaltar que pesquisas sobre este assunto são incomuns devido a raridade de registro de fluxo de detritos na Serra do Mar Paranaense. Os deslizamento são fenômenos naturais contínuos da dinâmica externa, que modelam o relevo da superfície terrestre, porém destacam-se pelos grandes prejuízos socioeconômicos e pelas perdas em vidas humanas .São processos naturais rápidos, com plano de ruptura bem definido, separando o material deslizado do não movimentado. Fluxo de detritos são movimentos rápidos onde os materiais transportados se comportam como fluídos altamente viscosos. São ocasionados pela perda de atrito interno, devido à destruição da estrutura em presença de excesso de água. A principal diferença entre Deslizamento e fluxos de detritos é que o fluxo é canalizado, ou seja, se propaga pelo canal, mas sempre se origina de um deslizamento que ocorreu na encosta, geralmente raso. O modelo aplicado utiliza dois critérios para indicar o alcance da deposição do fluxo, sendo a declividade do canal e o ângulo de junção das confluências. Como resultado obteve-se estimativas do alcance das deposições e o volume do fluxo de detritos.