OSCILAÇÕES CLIMÁTICAS INTERDECADAIS DE VERÃO NA AMÉRICA DO SUL E SUA INFLUÊNCIA SOBRE A FREQUÊNCIA DE EVENTOS EXTREMOS DE PRECIPITAÇÃO
Aluno de Iniciação Científica: Erika Feltrin (CNPq-Balcão)
Curso: Engenharia Ambiental
Orientador: Alice Marlene Grimm
Departamento: Física
Setor: Ciências Exatas
Palavras-chave: Oscilações climáticas interdecadais , Eventos extremos de chuva , Verão austral
Área de Conhecimento: 10703004 - METEOROLOGIA
O presente estudo tem como objetivo verificar se a variabilidade interdecadal de verão na América do Sul apresenta influência significativa sobre a frequência de eventos extremos de precipitação e sobre a função densidade de probabilidade de chuvas diárias, como acontece com a variabilidade interanual associada com episódios El Niño e La Niña. Isso é de grande importância, pois impactos sobre eventos extremos são responsáveis pelas mais dramáticas consequências das variações climáticas. Além disto, esta verificação auxilia a distinguir o aumento de eventos extremos devido a variações climáticas naturais do possível aumento devido a mudanças climáticas antropogênicas. Será dada ênfase ao período de verão, pois essa é a estação mais chuvosa na maior parte do continente. Com os dados disponíveis no Laboratório de Meteorologia da UFPR, são formadas séries de chuva, frequência de eventos extremos e temperatura superficial do mar (TSM), durante o período de 1950 a 2009. Estas séries são filtradas para reter somente oscilações maiores que oito anos. A partir dessas séries é feita a análise dos principais modos de variabilidade de precipitação e número de eventos extremos na América do Sul, assim como da TSM global. Também são feitas composições de anomalias de parâmetros atmosféricos e oceânicos para fases opostas dos principais modos de variabilidade dessas séries, para pesquisar as razões da variação da frequência dos eventos extremos. Também são correlacionados os primeiros modos de número de eventos extremos com TSM e a série de precipitação com TSM, para verificar se há diferença entre a forçante de TSM de anomalias de chuvas e de anomalias de eventos extremos. Verificamos então em quais regiões os principais modos de variabilidade interdecadal de precipitação possuem componentes mais fortes e foram ajustadas distribuições gama à chuva diária nestas regiões durante fases positivas e negativas de tais modos, para que possa ser analisada também a influência da variabilidade interdecadal sobre a distribuição de chuva diária. Os resultados mostram impacto significativo dessa variabilidade sobre a frequência de eventos extremos em várias regiões.