INVESTIGAÇÃO PALINOLÓGICA COM ENFÂSE NAS TÉCNICAS DE PROCESSAMENTO
Aluno de Iniciação Científica: Felipe Kipper (PIBIC/Fundação Araucária)
Curso: Geologia
Orientador: LUIZ ALBERTO FERNANDES
Departamento: Geologia
Setor: Ciências da Terra
Palavras-chave: Palinologia , correlações estratigráficas , datações relativas
Área de Conhecimento: 10701125 - PALEONTOLOGIA ESTRATIGRÁFICA
Este trabalho tinha como objetivo inicial utilizar das técnicas de palinologia para a datação dos sedimentos da Bacia de Curitiba. Porém os afloramentos observados nesta bacia não apresentaram sedimentos com matéria orgânica preservada. Diante deste quadro, foram feitas coletas em sedimentos argilosos e escuros (folhelhos) da Formação Itararé, da Bacia do Paraná, para o desenvolvimento do presente trabalho. A palinologia era tratada inicialmente como um ramo da botânica que abrangia o estudo dos esporos e grãos de pólen (elementos reprodutivos dos vegetais) fósseis e modernos, bem como suas diversas aplicações. Na concepção atual, a palinologia refere-se ainda ao estudo da matéria orgânica microscópica que persiste após a dissolução dos componentes inorgânicos de uma rocha, em reação com HCl e HF. O material que resta, excetuando-se os minerais neoformados durante o processo de dissolução química, compreende os “palinomorfos”. Os palinomorfos podem ser esporos de fungos e pequenas frutificações, aparelhos bucais de poliquetas, extintos quitinozoários, fragmentos de tecidos animais e vegetais, quistos de dinoflagelados, quistos de algas, isosporos, microsporos, megasporos e grãos de pólens. A designação palinomorfos não inclui elementos orgânicos como fragmentos de madeiras, cutículas de plantas e outros materiais amorfos, o termo genérico para estes é fitoclastos. A palinologia pode auxiliar muito as correlações estratigráficas a longa distância, a melhor caracterização de ambientes deposicionais e datações relativas. O desenvolvimento de pesquisas na área de palinologia depende do conhecimento das técnicas de processamento das amostras. Este trabalho apresenta o processamento de amostras realizadas no Laboratório de Palinologia na UFRGS, onde foram preparadas lâminas para análise em microscópio óptico de luz transmitida. A análise palinológica consiste na observação das características morfológicas básicas, medição, descrição e comparação com o material publicado na literatura. Como resultado foi possível reconhecer as seguintes espécies de esporos: Punctatisporites, Dibolisporites, Enfanisporites, Grandispora, Retusotriletes e outras. Foram encontrados ainda as seguintes espécies de acritarcos: Goniosphaeridium, Veryhachium, Leiofusa, Polyedryxium e Hemiruptia.