A INFLUÊNCIA DOS MINERAIS PESADOS NA DINÂMICA DOS AMBIENTES COSTEIROS NO LITORAL DO PARANÁ E LITORAL NORTE DE SANTA CATARINA

Aluno de Iniciação Científica: Nádya das Graças Janoski (PIBIC/UFPR-TN)
Curso: Geologia )
Orientador: Maria Cristina Souza
Co-Orientador: Rodolfo Jose Angulo
Departamento: Geologia
Setor: Ciências da Terra
Palavras-chave: Brejatuba , Sedimentos Costeiros , Deriva
Área de Conhecimento: 10701117 - SEDIMENTOLOGIA

O trabalho de iniciação cientifica vinculado ao projeto: “Interação entre a dinâmica natural dos ambientes costeiros e as atividades humanas na costa paranaense e norte catarinense”, baseia-se na análise quali-quantitativa e comparação de 20 lâminas de minerais pesados dos sedimentos costeiros da praia de Brejatuba, município de Guaratuba, Litoral do Paraná.  As amostras de areia foram coletadas no inverno de 1994 e 2011, próximas a linha d’água, entre a Barra do Saí e o Morro do Cristo a cada 2 Km. O material foi processado no LabESed (Laboratório de Estudos Sedimentológicos e Petrologia Sedimentar), foram elutriadas para eliminar o sal e o material fino, secas e peneiradas. Após, foi feita a separação em Bromofórmio (CHBr3), e a confecção das lâminas com Bálsamo do Canadá . Os minerais pesados foram analisados a partir da fração de dois graus phi abaixo da moda. A assembléia mineralógica encontrada, após análise em microscópio petrográfico, foi a seguinte: zircão, turmalina, rutilo, estaurolita, apatita, cianita, sillimanita, granada, titanita, hornblenda, monazita e cassiterita.   Na descrição e comparação observa-se o índice ZTR (ultra-estáveis; zircão, turmalina e rutilo) apresenta tendência geral de aumento para norte e o de instáveis diminuição na mesma direção, este padrão pode ser associado ao efeito da deriva litorânea, isto é, aumento dos ultra-estáveis e diminuição dos instáveis no sentido da deriva. No entanto, nas amostras coletadas em 2011 observa-se um aumento significativo na quantidade de apatita e diminuição do zircão, isto pode ser atribuído a existência de células de deriva ou a entrada de minerais a partir de pequenos córregos que cortam a planície litorânea.  Também observa-se uma diminuição de 2Km na linha de coleta do material no ano de 2011, provavelmente ocorreu algum processo erosivo ou deposicional entre um período e outro na Barra do Saí, pelo fato da Barra ser bem dinâmica e o Morro do Cristo não ter mudado de lugar.

 

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