CARACTERIZAÇÃO GEOQUÍMICA DE DIQUES E SOLEIRAS DA PROVÍNCIA MAGMÁTICA DO PARANÁ, BRASIL
Aluno de Iniciação Científica: Barbara Biasi (PIBIC/CNPq)
Curso: Geologia
Orientador: Eleonora Maria Gouvea Vasconcellos
Colaborador: Otavio Augusto Boni Licht
Departamento: Geologia
Setor: Ciências da Terra
Palavras-chave: Geoquímica , Intrusivas , Província Magmática do Paraná
Área de Conhecimento: 10701036 - GEOQUÍMICA
A Província Magmática do Paraná estende-se por estados do Brasil, além de Argentina, Paraguai, Uruguai e uma pequena porção na Namíbia, pois resulta da separação do Supercontinente Gondwana e formação do Oceano Atlântico. Uma compilação de trabalhos realizados desde 1975 na porção brasileira da Província reuniu mais de 800 dados geoquímicos de amostras de diques e soleiras, de afloramentos e poços, obtidos por fluorescência de raios X em um banco de dados. Com o objetivo de identificar uma assinatura geoquímica para diques e outra para soleiras os dados foram reinterpretados em conjunto. As rochas são classificadas como sendo básicas a ácidas, de alto a baixo TiO2, sendo o limite para essa divisão 2% para rochas básicas e intermediárias e 1,2% para as rochas ácidas. No diagrama R1R2 os pontos são projetados predominantemente nos campos dos andesibasaltos, latiandesitos, latibasaltos e basaltos, embora na literatura, as rochas sejam geralmente classificadas como toleítos. Diagramas de variação tendo como índice de fracionamento o SiO2 permitem a separação de grupos de diques e soleiras intermediários a ácidos com teor de K2O mais elevado (>3%) e assinaturas geoquímicas específicas, definido como rochas de alto K2O, o que não é observado nas rochas básicas. Há uma área de transição entre o alto K2O e o baixo K2O (440 ppm) e de CaO (abaixo de 5%) e tende a apresentar mais de 60 ppm de Rb e menos de 30 ppm de Ni, principalmente quando são de baixo TiO2. As rochas desse grupo são classificadas em sua maioria como traquiandesitos, traquidacitos, andesitos e até diques dacíticos. As soleiras com alto K2O tem os teores menores que os diques, menos de 3,2%. Entre 3,2 e 4% K2O há tanto diques quanto soleiras e acima de 4% apenas diques. Os diques com alto K2O também se diferenciam das soleiras pelo teor menor que 10% de FeOT, mais de 130 ppm de Ce e de 75 ppm de La. As soleiras classificam-se predominantemente como traquiandesitos e andesitos. Na literatura todas as amostras de poços são definidas como soleiras, porém a presença de duas amostras de poço de composição dacítica, semelhante à composição dos diques de alto K2O indica que pode haver diques interpretados como soleiras em perfurações. Para as demais amostras de poços de composição básica não é possível fazer a distinção entre diques e soleiras com precisão nos diagramas de variação.