TIPOLOGIA QUÍMICO-MINERALÓGICA DE FELDSPATOS ALCALINOS DAS ROCHAS ORNAMENTAIS DO COMPLEXO ALCALINO DE TUNAS - PR

Aluno de Iniciação Científica: Thammy Ellin Mottin (PIBIC/UFPR-TN)
Curso: Geologia
Orientador: Cristina Valle Pinto Coelho
Departamento: Geologia
Setor: Ciências da Terra
Palavras-chave: feldspato , sienito , Tunas
Área de Conhecimento: 10701010 - MINERALOGIA

Neste resumo é apresentado o estado da arte dos feldspatos alcalinos das rochas sieníticas do Complexo Alcalino de Tunas, localizado no Primeiro Planalto Paranaense, na região Leste do Estado, a noroeste do município homônimo. Trata-se de um corpo plutônico mesozoico, de composição predominantemente sienítica, intrusivo em rochas pré-cambrianas metaígneas e metassedimentares dos grupos Açungui e Setuva e pertencente ao alinhamento denominado Província do Arco de Ponta Grossa. O objetivo da pesquisa é estabelecer a composição químico-mineralógica dos feldspatos alcalinos, principal fase mineral constituinte dos sienitos do Complexo Alcalino de Tunas, assim como identificar os parâmetros envolvidos na sua variabilidade cromática.As amostras são separadas, segundo critérios texturais e estruturais, em seis fácies: a) fácies cinza com feldspato alcalino subédrico, pertitizado, granulação média à grossa; b) fácies cinza esverdeada com feldspato alcalino subédrico, pertitizado e geminado, de granulação média à grossa; c) fácies verde com feldspato alcalino anédrico a subédrico, granulação média à grossa, pertitizado; d) fácies verde, representada pelo contato traquito-sienito onde o sienito apresenta cor esverdeado-acastanhada, granulação média e feldspato alcalino subédrico e pertitizado; e) fácies verde-acinzentada com feldspato alcalino esverdeado, subédrico, pertitizado, granulação média; f) fácies verde fina, com feldspato alcalino esverdeado a esbranquiçado, pertitizado, de granulação média.Dados obtidos por difratometria de raios-X, para caracterização do estado estrutural dos feldspatos, indicam a presença de microclínio com triclinicidade intermediária, com valores entre 0,4175 e 0,5475 nas fácies cinza esverdeado e cinza. Nota-se uma tendência, nas variedades de granulação fina, do aumento da triclinicidade.Normalmente, feldspato alcalino tem cor azul em catodoluminescência (CL), devido a defeitos estruturais, principalmente aqueles relacionados às ligações Al-O-Al. Cor vermelha em CL pode indicar a presença de Fe3+ ou Ti4+. Resultados iniciais de CL, realizada ao microscópio óptico convencional em feldspato alcalino mesopertítico da fácies verde mostra cor azul, com forte intensidade e, nas porções albíticas, tipicamente mais turvas, nota-se a cor vermelha. Catodoluminescência realizada nesta fácies ao microscópio eletrônico de varredura indica as maiores intensidades de emissão com comprimentos de onda entre 407 - 430 nm e, secundariamente, entre 719 - 757 nm, sendo a presença de Eu2+ e Fe3+ possivelmente a causa destas bandas.

 

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