SUSCEPTIBILIDADE MAGNÉTICA DOS GRANITÓIDES DA FOLHA RIO BACAJÁ
Aluno de Iniciação Científica: Tiago Buch (PIBIC/CNPq)
Curso: Geologia
Orientador: Carlos Eduardo Mesquita de Barros
Departamento: Geologia
Setor: Ciências da Terra
Palavras-chave: Granito , Susceptibilidade Magnética , Série da Magnetita
Área de Conhecimento: 10701001 - GEOLOGIA
A área estudada se localiza na Folha Rio Bacajá, município de Anapu, centro-leste do estado do Pará, em uma parte da Província Maroni-Itacaiúnas, de idade paleoproterozoica. As rochas que compõem descritas são anfibolitos e filitos do Grupo Três Palmeiras e granitoides de idades e composições variadas atribuídos às suítes Bacajaí, Arapari e João-Jorge. Dentre os litotipos foram identificados tonalitos, granodioritos, monzogranitos, sienogranitos, quartzo monzonitos e álcali-feldspato sienitos. Estudos realizados por outros autores têm caracterizado assinatura cálcio- alcalina de baixo, médio e alto potássio, e shoshonítica para estes granitóides. Magmas com estas assinaturas podem ter sido gerados em margem continental ativa e ter sido cristalizados em condições oxidantes. O presente estudo visa identificar os minerais opacos e as propriedades de suscetibilidade magnética para estes granitoides. A partir destas informações pretende-se contribuir para o entendimento das condições de cristalização dos magmas graníticos da Província Maroni-Itacaiúnas. Os granitoides estudados apresentam valores de susceptibilidade magnética variando de 0 a 0,03503 emu/g, sendo a média 0,00373 emu/g e o desvio-padrão 0,00902 emu/g. Com o auxílio do microscópio eletrônico de varredura e de dados de EDS foi possível identificar cristais de magnetita, hematita e ilmenita. A calcopirita e a pirita ocorrem em proporções menores. Por vezes estes granitoides mostram finos cristais de titanita. O conjunto de informações petrográficas, mineralógicas e magnéticas, permitiu classificar a maior parte destes granitoides como sendo pertencentes ao Grupo à Magnetita. Isto indica o predomínio de condições oxidantes durante a cristalização. Uma possível causa para a oxidação seria liberação de fluidos aquosos durante a desidratação da crosta oceânica submetida à subducção. Na região estudada, granitoides atribuídos a diferentes idades não mostraram mudanças nas condições de oxidação/redução do magma. A bibliografia define que em granitoides gerados em condições oxidantes e em características geotectônicas como as da área estudada, é possível a ocorrência de depósitos de Cu-Mo e Cu-pórfiro (porphyry copper) com possíveis mineralizações associadas de Au.