VISUALIZAÇÃO 3D DE BANDAS DE DEFORMAÇÃO POR IMAGENS MICROTOMOGRÁFICAS DE ALTA RESOLUÇÃO – ESTUDO DE CASO EM ARENITOS DO GRUPO ITARARÉ, BACIA DO PARANÁ

Aluno de Iniciação Científica: Angela Lucia da Silva (PET)
Curso: Geologia
Orientador: Barbara Trzaskos
Co-Orientador: Cristina Valle Pinto-Coelho
Departamento: Geologia
Setor: Ciências da Terra
Palavras-chave: bandas de deformação;bacia do Paraná;microestrutural ruptil
Área de Conhecimento: 10701001 - GEOLOGIA

A Microtomografia de Raios X (Micro-CT) consiste em uma tomografia computadorizada de raios X em microescala, que tem como objetivo obter informações tridimensionais sem destruição da amostra. Este estudo tem como objetivo a caracterização da variação da porosidade em bandas de deformação formadas em arenitos. As rochas estudadas nesta pesquisa pertencem ao Grupo Itararé, Permocarbonífero da Bacia do Paraná, estando a área de estudo inserida na região do Arco de Ponta Grossa, no estado do Paraná. A caracterização da variação da porosidade em bandas de deformação tem relevância para a compreensão das rotas de migração de fluidos em rochas-reservatório de petróleo. Do ponto de vista petrográfico foram descritos arenitos quartzosos, de granulação fina à média, com seleção moderada à fraca e grãos subangulosos a arredondados, comumente preenchidos por hidróxidos de ferro e manganês. Em lâmina delgada foi possível separar as bandas de deformação em duas zonas distintas: i) zona de dano, caracterizada por faixas retilíneas, exibindo fraturamento dos grãos variando de moderado a intenso, e ii) zona de gouge, com cominuição intensa dos grãos. Esta última pode ser subdividida em duas faixas com aspectos distintos, uma foliada e outra granular. Após a descrição microestrutural as amostras de rocha foram submetidas ao método de Micro-CT, onde foram obtidas seções virtuais das amostras. A partir das seções microtomográficas foi possível visualizar em detalhe as zona de dano e de gouge, quantificar a variação da porosidade, compreender a distribuição dos minerais e fazer a separação das fases minerais. Comparando os métodos foi possível concluir que a petrografia e a Micro-CT são métodos complementares, apresentando, cada um, vantagens específicas. A petrografia possibilita a identificação das fases minerais em duas dimensões, enquanto a microtomografia proporciona a visualização tridimensional dessas fases e da porosidade. Nas amostras de rocha escaneadas foi realizada a quantificação da porosidade em: i) volume total de poros, ii) volume de poros isolados, e iii) volume de poros com conectividade. As amostras analisadas apresentaram variação no volume de poros ao longo das bandas de deformação, corroborando as propostas de que estas estruturas são responsáveis pela anisotropia estrutural em reservatórios fraturados. 

 

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