UTILIZAÇÃO DE FOTOCATALIZADORES SUPORTADOS PARA DEGRADAÇÃO DE ESTROGÊNIOS EM SOLUÇÃO AQUOSA POR PROCESSOS FENTON

Aluno de Iniciação Científica: Jéssica Tamara Schneider (PIBIC/CNPq)
Curso: Química
Orientador: Patricio Guillermo Peralta-Zamora
Colaborador: Marcus Vinicius de Liz
Departamento: Química
Setor: Ciências Exatas
Palavras-chave: Foto-Fenton heterogêneo , 17b- estradiol , Ferro- quitosana
Área de Conhecimento: 10604073 - ANÁLISE DE TRAÇOS E QUÍMICA AMBIENTAL

Dentro do contexto das novas tecnologias de tratamento, destaque pode ser dado aos processos Fenton, os quais têm demonstrado elevada capacidade de degradação de inúmeros poluentes resistentes, em reduzidos tempos de tratamento. Provavelmente, os únicos inconvenientes apresentados pelo processo estejam representados pela necessidade de condições ácidas (usualmente pH 3) e pela limitação da concentração de ferro solúvel imposta pela legislação para lançamento de resíduos (15 mg L-1). Para contornar estes inconvenientes, formas imobilizadas de ferro (II ou III) podem ser utilizadas, o que permite, não apenas o aumento da faixa operacional de pH, mas também o reuso do fotocatalisador. O principal objetivo deste trabalho está representado pelo estudo da potencialidade de formas imobilizadas de ferro, em relação à degradação de estrogênios naturais (17b-estradiol, E2) e sintéticos (17a-etinilestradiol, EE2) por processos foto-Fenton. O catalisador férrico foi imobilizado por adsorção em esferas de quitosana, previamente preparadas por gelificação em meio alcalino. Os experimentos de degradação foram realizados em reator fotoquímico de bancada de 250 mL, equipado com agitação magnética e sistema de refrigeração por água. A luz foi proporcionada por uma lâmpada a vapor de mercúrio de 125 W (sem o bulbo protetor), inserida na solução por meio de um bulbo de vidro Pyrex (radiação UVA). O monitoramento dos estrogênios foi realizado por cromatografia em fase líquida de alta eficiência acoplada com detector de fluorescência. Inicialmente, as esferas de quitosana (diâmetro médio de 2 a 3 mm) contendo o catalisador imobilizado foram caracterizadas por difração de raio-X, observando-se a predominância de oxo-hidróxidos de ferro, particularmente goetita. Posteriormente, o efeito de variáveis experimentais de relevância foi avaliado por sistemas de planejamento fatorial de experimentos, observando-se maior eficiência de degradação com o uso de maiores massas de fotocatalisador imobilizado (30 g) e valores de pH próximos de 3. Entretanto, elevada eficiência de degradação foi também observada em pH 7 (degradação superior a 90% em tratamentos de 90 min), o que justifica o uso de formas férricas imobilizadas. Estudos orientados a verificar o mecanismo de degradação estão em andamento, com resultados que sugerem a ocorrência de processos heterogêneos.

 

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