AVALIAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO DAS FONTES AUTOMOTIVAS (DIESEL E GASOLINA) NO MATERIAL PARTICULADO FINO (MP 2,5) E SEUS IMPACTOS A SAÚDE HUMANA NA RMC
Aluno de Iniciação Científica: Gabriela Polezer (PIBIC/CNPq)
Curso: Engenharia Ambiental
Orientador: Ana Flavia Locateli Godoi
Co-Orientador: Ricardo Henrique Moreton Godoi
Colaborador: Lis Campos De Quadros
Departamento: Engenharia Ambiental
Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: material particulado , qualidade do ar , automóveis
Área de Conhecimento: 10604006 - QUÍMICA ANALÍTICA
O material particulado (MP) tem sido considerado como um dos principais poluentes atmosféricos e muitos estudos têm relatado a associação do MP a efeitos adversos na saúde, como doenças respiratórias. O material particulado fino (MP2,5), partículas de tamanho aerodinâmico menor que 2,5 µm, pode chegar a se depositar nos alvéolos pulmonares, e por isso tem sido associado a problemas cardiopulmonares, além disso estudos tem demonstrado que metais presentes no MP2,5 são particularmente tóxicos. A partir desta realidade, objetivou-se avaliar a série histórica de 2008 a 2011 de MP2,5 obtida anteriormente neste projeto para contextualizar o panorama ambiental-toxicológico da poluição atmosférica na cidade de Curitiba. Além disso, foram feitas determinações diárias de MP2,5 no período de um ano, de Setembro de 2011 a Agosto de 2012 para dar continuidade ao projeto. As amostras foram coletadas em filtros de policarbonato de 37 mm (de diâmetro) em uma vazão de 10L/min utilizando um impactador Harvard, localizado na estação do INMET no campus Politécnico da Universidade Federal do Paraná. Essas amostras foram submetidas a medidas gravimétricas em balança analítica de alta precisão, quantificação de carbono negro pelo método de refletância e composição elementar por fluorescência de raios X. A partir dos dados de fluorescência de raios X foi possível calcular o Fator de Enriquecimento (FE), que indica se um dado elemento possui fonte natural ou antropogênica. Os elementos Enxofre (S), Selênio (Se), Bromo (Br), Cloro (Cl), Cobre (Cu), Zinco (Zn) e Chumbo (Pb) aparecem muito enriquecidos, e os elementos Cromo (Cr), Manganês (Mn) e Níquel (Ni) aparecem levemente enriquecidos. Todos esses elementos têm sido associados a emissões veiculares e industriais. Além disso, Cr, Ni, Cl Mn e Cu são associados a emissões de veículos leves. Foi possível verificar que os elementos enriquecidos provêm majoritariamente da queima de combustíveis, e, considerando os efeitos nocivos comprovados na saúde humana, uma sugestão para amenizar o problema seria reduzir as emissões veiculares bem como incentivar o uso de combustíveis limpos, investir no transporte público e na geração de energia limpa.