ESTUDO VISCOSIMÉTRICO DA PECTINA VIA VISCOSIMETRIA CAPILAR E REOLOGIA

Aluno de Iniciação Científica: Letícia Megumi Ochiai (Pesquisa voluntária)
Curso: Química
Orientador: Izabel Cristina Riegel Vidotti
Co-Orientador: Marcio Vidotti
Colaborador: Laís Cristine Lopes, Rilton Alves de Freitas
Departamento: Química
Setor: Ciências Exatas
Palavras-chave: Pectina , Reologia , Viscosimetria Capilar
Área de Conhecimento: 10603000 - FÍSICO-QUÍMICA

A pectina cítrica é um polissacarídeo amplamente disponível na natureza, obtido a partir de fontes vegetais e é extraída de várias fontes vegetais. A pectina tem diversas atividades biológicas que inclui o efeito de diminuir o colesterol, indução de apoptose contra as células cancerosas do cólon. Estas funções biológicas podem estender o uso da pectina em alimentos e aplicações farmacêuticas além do seu uso tradicional. Um aspecto muito interessante da pectina é a sua disponibilidade abundante na biodiversidade brasileira. Pode ser obtido por extração a partir de fontes naturais ou a partir de resíduos industriais (açúcar de cana ou de beterraba e bagaços cascas de laranja e limão, por exemplo), que geralmente são descartados. A reologia estuda a deformação e o fluxo de materiais sob influência de tensões, sendo a viscosidade a medida de resistência ao fluxo. O estudo reológico de polissacarídeos é importante devido a sua capacidade de mudar características de soluções aquosas. A diálise é um processo de purificação que permite separar impurezas de uma solução coloidal através de uma membrana semipermeável. O presente trabalho teve por objetivo a caracterização reológica de uma pectina cítrica, em solução aquosa, dialisada e não dialisada, em diversas concentrações. Os equipamentos usados foram um reômetro HAAKE, modelo Rheostress 600, com um sensor de cilindro modelo Z20 (DIN 53019) e um viscosímetro capilar tipo Fenske. As concentrações empregadas foram 0,01; 0,05; 0,10; 0,50; 1,00; 2,00 mg.mL-1. A temperatura dos experimentos foi fixada em 20°C  2°C. Os resultados indicaram que a viscosidade aumenta com a concentração, apresentando um comportamento inicial de decaimento da viscosidade com a taxa de cisalhamento (shear thinning) assumindo, em seguida, um comportamento Newtoniano, seguido de um comportamento dilatante, em torno de 250 s-1. Os resultados indicaram que a pectina não dialisada apresentou valores menores de viscosidade relativa do que a pectina dialisada. Dentre as técnicas, a viscosimetria capilar levou a valores de massa molar menores que as determinadas por reometria de torque. O comportamento dilatante sugere a formação de agregados em solução. Os resultados obtidos serão correlacionados às propriedades de géis de pectina dialisada e não dialisada, formados a partir da reticulação com CaCl2.

 

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