Aluno de Iniciação Científica: Monica Grezzi Lima (PIBIC/UFPR-TN)
Curso: Tecnologia em Biotecnologia - Palotina
Orientador: Roberta Paulert
Colaborador: Fernando Garrido de Oliveira, Hércules Tancredo Moreira, Suélen Pujarra
Departamento: Campus Palotina
Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: ulvana , quitosana , biofilmes
Área de Conhecimento: 10601074 - POLÍMEROS E COLÓIDES
Polissacarídeos oferecem uma alternativa natural ao uso de produtos químicos que podem ser maléficos ao homem ou ao ambiente, e são considerados compostos promissores para a preservação de alimentos devido as suas propriedades biológicas como: antioxidante, indutor de resistência e formação de gel. A ulvana é um polímero extraído de algas marinhas do gênero Ulva e a quitosana é um polissacarídeo obtido a partir da desacetilação da quitina que pode ser obtida de resíduos de carapaças de crustáceos marinhos. O objetivo do trabalho é avaliar a perda de massa de frutas e verduras tratadas com a ulvana e quitosana separadas ou combinadas entre si de forma a estudar a conservação dos alimentos pelos polímeros marinhos. Foram utilizados frutos de maçã (Malus domestica), feijão-de-vagem (Phaseolus vulgaris) e pepinos (Cucumis sativus) adquiridos no comércio local. As frutas/vegetais foram tratados com solução aquosa dos polissacarídeos em três concentrações 0,05; 0,5 e 1% (p/v), borrifadas e incubados a 23°C por oito dias. Como controle, os alimentos foram borrifados com água destilada. Para cada tratamento foram utilizadas cinco repetições e os experimentos foram repetidos por três vezes. Após os tratamentos, os alimentos foram incubados em estufa a 23ºC durante oito dias e pesados a cada dois dias para avaliação da perda de água. Os resultados da perda de água em relação ao tratamento controle foram expressos em %. De acordo com os resultados obtidos, observou-se que o peso fresco das maçãs e pepinos tratados com quitosana, ulvana ou em combinação não diferiu significativamente das frutas/vegetais controle durante os dias de incubação. Por outro lado, o peso fresco das vagens de feijão tratadas com as três concentrações de ulvana foi significativamente maior que as vagens tratadas somente com água destilada. Assim, as vagens tratadas com ulvana (0,05%) perderam apenas 50,6% do peso fresco; vagens tratadas com as maiores concentrações de ulvana (0,5 e 1%) perderam 70,8% e 68,6% respectivamente, enquanto que as vagens controle perderam 88,5% do seu peso fresco após oito dias de incubação. Ou seja, o tratamento com a ulvana auxiliou na preservação de feijão-de-vagem. Ao contrário dos alimentos tratados com ulvana, o polímero quitosana não foi eficiente no controle da perda de massa dos vegetais tratados. Pode-se concluir que embalagens inteligentes ou filmes comestíveis podem ser alternativamente desenvolvidos utilizando ulvana na composição para prolongar a vida de prateleira de vegetais frescos e se justifica pela abundância de Ulva sp. no litoral brasileiro.