Aluno de Iniciação Científica: ALINE KRAINSKI DALLABONA (PIBIC/CNPq)
Curso: Química
Orientador: Francisco de Assis Marques
Colaborador: Francisco de Assis Marques, Adam Coelho, Marta Fischer
Departamento: Química
Setor: Ciências Exatas
Palavras-chave: infoquímicos , caramujo , comunicação
Área de Conhecimento: 10601007 - QUÍMICA ORGÂNICA

O caramujo gigante africano é uma das 100 piores espécies invasoras em âmbito mundial, por causar sérios impactos ambientais, econômicos e para a saúde. No Brasil, a praga está presente em todas as regiões há quase 20 anos. As elevadas populações encontradas sugere que seu impacto sobre a flora e fauna nativas sejam intensas e preocupantes, principalmente pelo fato da biodiversidade nativa ser pouco conhecida. O caramujo A. fulica é extremamente resistente a fatores bióticos e abióticos, além de adotar estratégias reprodutivas, alimentares e de sobrevivência que amplificam seu perfil de praga. Os caramujos aparentemente também usam semioquímicos voláteis e presentes no muco para suas interações e navegação no ambiente. O conhecimento da constituição desses semioquímicos e a influência dos mesmos no comportamento da espécie poderá trazer uma alternativa de controle dessa praga através de métodos de atração seletivos e que retirem do ambiente indivíduos difíceis de serem eliminados por outros métodos de controle. Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar a existência de semioquímicos de contato ou voláteis presentes nos caramujos bem como voláteis emitidos por matrizes alimentares utilizadas pelo caramujo e que poderiam estar modulando o comportamento de A. fulica. Para tal, primeiramente realizou-se um estudo da atratividade entre os indivíduos de A. fulica. Após esse estudo avaliou-se a atratividade de matrizes alimentares frente ao caramujo. Ambos os estudos foram realizados em tubos em Y de vidro. Foi mostrado a baixa atratividade exercida pelos indivíduos descartando o desenvolvimento de qualquer metodologia baseada na captura destes caramujos através de compostos empregados na comunicação intraespecífica. Por outro lado, diversas matrizes alimentares mostraram-se atrativas frente ao caramujo. Os compostos exalados por algumas dessas  matrizes coletados pela técnica de aeração, estão em fase de identificação através da cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas, e podem levar ao desenvolvimento de metodologia de controle baseada em compostos usados na comunicação interespecífica.

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