DESENVOLVIMENTO DE BIOPROCESSO PARA PRODUÇÃO DE L-LISINA POR FERMENTAÇÃO SUBMERSA E SÓLIDA
Aluno de Iniciação Científica: Juliano Sabedotti De Biaggi (PIBIC/CNPq)
Curso: Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia (MT)
Orientador: Carlos Ricardo Soccol
Co-Orientador: Luis Alberto Junior Letti
Departamento: Engenharia Química
Setor: Tecnologia
Palavras-chave: L-Lisina , Fermentação , Corynebacterium glutamicum
Área de Conhecimento: 10101004 - ALGEBRA
L-lisina é um dos três aminoácidos básicos, de muita importância para o ser humano devido à sua essencialidade, ou seja, necessidade de ser consumido. Também recebe grande atenção no setor agropecuário, por ser um fator limitante para o crescimento de animais como porcos e galinhas. O trabalho em questão procura atuar nesse universo, visando o desenvolvimento de um processo de produção de L-lisina a partir de um meio de cultura composto por resíduos agroindustriais, fazendo o uso da bactéria Corynebacterium glutamicum, visando enriquecê-los e torna-los próprios para o seu uso no preparo de ração animal. O primeiro passo do trabalho foi a determinação de uma curva padrão para a determinação da concentração da L-lisina em solução. Em seguida, foram feitos diversos ensaios buscando produzir o aminoácido em diversos meios. Ao fazer uso de caldo nutriente, foi verificada a necessidade da adição de sais, vitaminas e glucose em concentrações de cerca de 40 g/L para a obtenção do aminoácido. Em meios definidos, foi variada a fonte de nitrogênio, onde a presença da ureia se mostrou necessária para a obtenção do mesmo. Também foi verificada a influência de cada micronutriente na produção. Dentre eles, os mais influentes foram os sulfatos de manganês e de ferro. O primeiro resíduo testado foi a milhocina, que inicialmente mostrou-se um boa meio de cultivo, mas seus resultados não foram reprodutíveis, e os lotes usados apresentaram um grave problema de contaminação. Com isso, foram tomadas duas providências. A primeira foi testar novamente a produção de todas as cepas do estoque, inclusive algumas que não foram incluídas nos estudos iniciais desse trabalho. As cepas selecionadas foram usadas para fermentar em resíduos alternativos à milhocina, como o melaço de cana e melaço de soja. Esses resíduos não se mostraram capazes de induzir a bactéria a produzir L-lisina, logo então seu uso foi descartado. Por último, buscou-se entender o crescimento da bactéria produtora do aminoácido em caldo nutriente, fazendo-se então uma cinética de 84 horas usando as metodologias de determinação de biomassa por contagem em placa, turbidimetria e peso seco.