IDENTIFICAÇÃO DOS PROCESSOS CRÍTICOS PROTETORES E DESTRUTIVOS DA SAÚDE DOS PROFESSORES DA SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
Nome do Coordenador: Guilherme Souza Cavalcanti de Albuquerque
Setor do Coordenador: Setor de Ciências da Saúde
Departamento do Coordenador: Saúde Comunitária
Nome do Vice-Coordenador: Paulo de Oliveira Perna
Alunos Bolsistas: Jairo Vinícius Pinto, Laura Boletta Marques, Maíza Váz Tostes
Alunos Voluntários: Bruno Augusto Costa Karnos, Denilson Luiz Morais Junior, Denis Ueda, Diego Schuster Paes, Fernanda Feuerharmel Soares da Silva, Fernando Michielin
Docentes Participantes: Guilherme Souza Cavalcanti de Albuquerque, Paulo de Oliveira Perna
Técnicos Participantes:
Participantes Externos: Nanci Ferreira Pinto, Silvia Eufênia Albertini, Yumie Murakami
Área Temática: Saúde
Palavras-chave: saúde dos professores, sofrimento mental, matriz de processos críticos, monitoramento da saúde
Contextualização: Embora a incidência de adoecimento dos servidores públicos estaduais seja elevada, as informações referentes a tais casos são de difícil acesso. Levantamento feito pela APP-Sindicato demonstrou que somente em maio de 2010, 3.100 professores foram afastados por doença. Dados da pesquisa realizada pela Divisão de Medicina Ocupacional (DIMS/SEAP), no período de 1998 a 2006, demonstraram, também, elevado índice de adoecimento, mas raríssimas notificações de nexo causal com o trabalho. Em contrapartida, pesquisa realizada pela APP-Sindicato no primeiro semestre de 2009, envolvendo um universo de 7.612 (educadores) entre professores e funcionários da rede pública estadual, demonstrou elevado grau de adoecimento dos mesmos, devido às condições de trabalho. Deste universo de entrevistados 66% declararam que ficaram doentes em virtude do trabalho, sendo que em mais de 30% trava-se de sofrimento mental. Segundo os professores, a administração pública estadual não comunica adequadamente o adoecimento relacionado com o trabalho, subnotificando os mesmos e impedindo, dessa forma, o recebimento dos benefícios trabalhistas aos quais os servidores teriam direito. O não estabelecimento do nexo, além disso, oculta a determinação do adoecimento, impedindo que mudanças necessárias para tornar o trabalho um processo predominantemente protetor e não destrutivo da saúde sejam estabelecidas. Diante disso, o conhecimento dos processos de adoecimento e sua relação com o trabalho, no sentido de identificar possíveis soluções torna-se de fundamental importância para a melhoria da condição de vida e saúde desses trabalhadores. Objetivo: Realizar com os professores da rede estadual de ensino do Paraná a identificação autônoma de suas necessidades de saúde. Metodologia: Reuniões semanais de estudo e planejamento. Entrevistas dom os trabalhadores, elaboração da matriz de processos críticos (BREILH, 2006), instrumento de identificação autônoma das necessidades de saúde. Elaboração das propostas de solução e de monitoramento das situações encontradas. Resultados: Identificar os processos críticos protetores e destrutivos da saúde desses trabalhadores permitirá a tomada de ações com profunda contribuição para a saúde desse grupo de trabalhadores. A própria gestão estadual da educação, terá a seu dispor importante rol de informações fundamentais para a adequação de seus processos de trabalho às necessidades de saúde, preservando ou melhorando a qualidade de vida e de trabalho de seus servidores. O contato de estudantes de diversos cursos de graduação da UFPR com tal realidade constituirá uma oportunidade riquíssima de aprendizagem, permitindo a compreensão dos processos determinantes da saúde/doença, as formas de contribuir para sua identificação autônoma e a busca de soluções. Permitirá ainda relevante aprendizado da pesquisa, uma vez que participarão desde a elaboração do projeto até a divulgação dos resultados.