CARTOGRAFIAS PARTICIPATIVAS COMO METODOLOGIA DE APROXIMAÇÃO A CONFLITOS TERRITORIAIS
Nome do Coordenador: Jorge Ramon Montenegro Gomez
Setor do Coordenador: Setor de Ciências da Terra
Departamento do Coordenador: Geografia
Nome do Vice-Coordenador:
Alunos Bolsistas: Eloah Caroline Pereira Vargas, Emilio Romanini Netto, Suyan Roberta Isaka, Danielle Willemann Sutil de Oliveira
Alunos Voluntários:
Docentes Participantes:
Técnicos Participantes:
Participantes Externos:
Área Temática: Trabalho
Palavras-chave: cartografias participativas, povos e comunidades tradicionais, conflitos territoriais
O projeto se implementa junto a povos e comunidades tradicionais do Paraná com o objetivo de acompanhar os conflitos territoriais que sofrem através de metodologias de cartografia participativa. Depois de uma primeira fase onde fortalecemos o contato com esses grupos (faxinalenses e pescadores artesanais principalmente, mas também aprendizes da sabedoria, ilhéus, quilombolas, povos de terreiro, cipozeiras e indígenas), através da participação em eventos organizados por eles, curso de cartografia social na UFPR e oficinas com jovens faxinalenses e sobre práticas tradicionais, na segunda fase do projeto, continuamos reforçando o contato através de oficinas onde contextualizar os conflitos que impactam essas comunidades (monoculturas ligadas ao agronegócio, pesca industrial, unidades de conservação de proteção integral, etc.), colaboramos na construção de cartografias participativas (povos de terreiro do município de Colombo, comunidades de pescadores artesanais atingidos pelo Parque Nacional de Superagüi e benzedeiras dos municípios de Rebouças e São João do Triunfo) e iniciamos um processo de sistematização de dados sobre o agronegócio no Paraná de forma a subsidiar o reconhecimento dos conflitos de boa parte desses grupos. O projeto se utiliza de oficinas de práticas tradicionais e conflitos territoriais com a comunidade, levantamento e sistematização de dados, elaboração de mapas e formatação de cartilhas e fascículos onde mostrar os resultados dos processos de cartografias participativas. Na construção dessas cartografias, assim como no processo de reconhecimento dos conflitos que estamos realizando é fundamental o fortalecimento de dois tipos de relações: 1) dos conhecimentos de áreas diversas, como geografia, cartografia, antropologia, economia, ciências ambientais, agronomia, entre outras; 2) com a comunidade e com os movimentos sociais que as representam. A convergência dessas relações nas atividades dos bolsistas do projeto permite o estabelecimento de laços mais horizontais entre universidade e comunidade, onde o conhecimento se constrói solidariamente. No mesmo sentido, os integrantes do projeto tem a possibilidade de um diálogo de saberes que permite enxergar os conflitos territoriais de forma mais complexa e que as comunidades se apropriem de informações que subsidiem suas demandas. O projeto está permitindo que sejam desenvolvidas algumas pesquisas com um conhecimento mais próximo da realidade e apresentados trabalhos científicos em eventos onde se logra a interlocução com outros pesquisadores na escala local, regional e nacional.