Críticas inferidas ao ensino da física baseada na linguagem matemática e aprendizagem mecânica mostram a necessidade da inserção de novas linguagens. Este trabalho propõe a compreensão destas novas linguagens e sua utilização no processo de construção do conhecimento. A partir do PIBID-Física da UFPR foi elaborado um estudo exploratório em uma escola de educação básica da rede pública para evidenciar as reações dos alunos diante da nova abordagem. O maior obstáculo identificado envolve enfoques voltados à linguagem matemática por construir um conhecimento mecânico, a fim de superar esta dificuldade é preciso definir o papel das linguagens, relacioná-las a matemática e promover a interação destas com a linguagem do aluno. As linguagens selecionadas para esta prática foram: HFCs por apresentar a ciência como produção humana. Atividade Experimental Demonstrativa por sua relevância na construção do conhecimento conceitual. HQs por ser uma leitura fácil presente no cotidiano dos alunos. Vídeos Demonstrativos, Informativos, Televisivos e Cinematográficos por sua característica pedagógico-didática que interliga professor e aluno. Poesia devido a forte ligação entre ciência e arte. Texto Científico de Divulgação de jornais e revistas por fornecer um formato de leitura científica de formato simplificado. E o Livro Didático, por ser altamente difundido entre professores e apresentar o tratamento quantitativo-qualitativo das competências físicas. No estudo exploratório, o mais evidente foi o preconceito inicial dos estudantes na utilização de linguagens escritas como Textos Históricos, Textos Jornalísticos, Poesias e HQs, para o alcance do entendimento da linguagem científica e matemática. Este obstáculo foi superado com êxito expondo a abertura dos estudantes a mudanças didáticas. As Atividades Experimentais promoveram zonas de desenvolvimento proximal entre alunos e professores. Os Vídeos facilitaram a participação dos estudantes em diálogos e discussões. E o Livro Didático apresentou o desdém e desinteresse dos estudantes em manusear esta ferramenta e explorar seus textos, munidos de críticas e opiniões equivocadas. Em todas as abordagens é nítida a importância do professor na seleção, edição, contextualização, abordagem e direcionamento da leitura, a importância do uso de mais de um formato de linguagem e compreensão da linguagem dos alunos.
MOREIRA. Linguagem e Aprendizagem Significativa. 2003.
MOREIRA. Negociação de Significados e Aprendizagem Significativa. 2008.
PIETROCOLA. Matemática como Estruturante do Conhecimento Físico. Caderno Catarinense de Ensino de Física. 2002.