O USO DOS GÊNEROS DISCURSIVOS COMO RECURSO DIDÁTICO NO ENSINO DE ESPANHOL COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA

Autores: Ana Canarinos, Lis Skrzypiec, Marilda Barbosa, Nylcéa Pedra, Paula Malhadas, Rafael Chaves, Thays Voluz, Thiago André Lisarte Bezerra

Professores: Nylcea Thereza de Siqueira Pedra

Programa: PIBID

Curso: Letras Espanhol

A presente oficina tem como objetivo apresentar aos participantes duas das atividades elaboradas pelos bolsistas do projeto PIBID – espanhol da Universidade Federal do Paraná. As atividades foram desenvolvidas para alunos de 6º e 7º anos do Ensino Fundamental, tendo como norteadores teóricos os estudos sobre gêneros discursivos, de Mikhail Bakhtin. Entendemos, assim, que a comunicação se efetiva pelo uso de estruturas mais ou menos fixas (os diferentes gêneros do discurso) e não pela decodificação de signos linguísticos ou pela memorização de regras gramaticais. Além disso, defendemos o uso da língua como um ato social, que se efetiva na interação entre os interlocutores e, portanto, é viva e determinada pelo interesse dos seus usuários. Consideramos, ainda, as orientações dos Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino de Línguas Estrangeiras como outro dos nossos alicerces de discussão. Concebendo a aprendizagem da língua estrangeira a partir do uso dos gêneros textuais, os PCNs ainda consideram o conhecimento sistêmico (as regras gramaticais que regem o idioma) e o conhecimento de mundo (toda a bagagem de experiências trazidapor cada um dos alunos) como os fundamentos para o ensino da língua estrangeira. E é nesta tríade que todas as propostas de atividade do projeto são elaboradas. A primeira atividade a ser desenvolvida na oficina concentra-se em uma proposta de integração entre jogo da memória, compreensão auditiva e, ainda, construção de sentidos em espanhol, enquanto a segunda baseia-se em uma atividade de colagem que aborda o vocabulário das roupas e cores por meio da construção de um texto que, além da prática escrita, possibilita, em um segundo momento, o exercício da oralidade na língua estrangeira. Propõe-se que os participantes realizem cada uma das atividades apresentadas e possam vivenciar a experiência dessa prática. Partindo dos referenciais teóricos, acredita-se que o aluno, bem como qualquer indivíduo que se proponha a realizar atividades que envolvam uma língua estrangeira, seja capaz de desenvolver um letramento crítico e construir significados ao que lhe é solicitado sem, necessariamente, ter um conhecimento mais aprofundado da língua estrangeira em questão.