Este trabalho apresenta uma parte das atividades desenvolvidas no interior do subprojeto de Pedagogia vinculado ao PIBID – UFPR. Os objetivos são: 1) reconhecer e problematizar práticas inadequadas para o trabalho com a alfabetização; 2) construir novas práticas a partir da concepção interacionista de linguagem. A partir do referencial teórico adotado (Faraco, Batista, Ferreiro, Vigotski, entre outros), compreendemos a alfabetização como um processo de aquisição de conhecimentos sobre o sistema da escrita que possibilite o uso da leitura e da escrita nas diversas práticas sociais, de modo que o aluno se perceba como um sujeito que pode, por meio da leitura e da escrita, conhecer e criticar o mundo e a sociedade em que vive. Esse processo pode ser enriquecido pelo professor, na medida em que fundamente suas atividades em conteúdos relevantes ao contexto de seus alunos, reconhecendo a sua cultura e trabalhando com diversos gêneros textuais, proporcionando, simultaneamente, a aquisição da língua escrita e o enriquecimento cultural de seus alunos. As atividades desenvolvidas tiveram início em julho de 2011 com a previsão de término para julho de 2013. Participam 12 bolsistas e 2 supervisoras divididas em duas escolas municipais de Curitiba. Ao todo, são atendidas 12 turmas do 1° ao 5° ano, somando em torno 360 alunos. Após um período de observação, cada bolsista passou a desenvolver atividades envolvendo a leitura e a produção de textos dos alunos, a partir de temáticas como identidade, família e brincadeira. Tais textos serão publicados em forma de livro, assim como as atividades desenvolvidas pelas bolsistas e outras elaboradas pelas professoras regentes farão parte de um caderno pedagógico a ser editado. Após um ano de atividades é possível concluir que as professoras regentes sentiram-se mais próximas do projeto quando perceberam que haveria uma continuidade nas atividades propostas pelas bolsistas. Na maioria dos casos, as atividades desenvolvidas estão bastante articuladas ao trabalho das regentes. Por outro lado, foi possível concluir também, a partir de Ferreiro (1999) e em relação com nossa observação, que o aprendizado da língua escrita se coloca como um processo em que a criança, em contato com o mundo letrado e com tentativas de escrita, constrói hipóteses sobre o seu funcionamento. Tal processo possibilita ao aluno que ele compreenda o mecanismo da alfabetização sem a tradicional memorização de famílias silábicas.