OBJETIVOS: O objetivo deste trabalho é desenvolver um levantamento descritivo dos ramos arteriais variáveis das artérias coronárias, direita e esquerda. METODOLOGIA: Para isto foi realizada pesquisa bibliográfica criteriosa utilizando como critério de busca na literatura estudos indexados nas bases de dados internacionais e nacionais como Mendeley, LILACS, PubMed, MEDLINE, além de consultas aos clássicos tratados de Anatomia Humana. REFLEXÃO: A descrição das estruturas anatômicas geralmente é baseada em estudos realizados por vários autores. A partir desses estudos, é possível estabelecer e nomear um padrão dos achados mais freqüentes. No entanto, as descrições anatômicas de diferentes autores nem sempre são semelhantes. Essas diferenças se acentuam principalmente nos relatos de estruturas menos freqüentes, denominadas variações anatômicas. Diante desse impasse, faz-se necessária uma padronização da descrição e da nomenclatura dessas estruturas para que seja possível identificá-las e nomeá-las com precisão. REFERENCIAL TEÓRICO: As artérias coronárias são os primeiros ramos da artéria aorta. Geralmente, apresentam-se em número de duas, uma artéria coronária direita e uma artéria coronária esquerda, as quais emitem alguns ramos responsáveis pela irrigação de áreas específicas do miocárdio. Os principais ramos da artéria coronária direita em sua ordem de origem são: ramo do nó sinoatrial, ramo marginal direito, ramo do nó atrioventricular e ramo interventricular posterior. Já os ramos da artéria coronária esquerda são: ramo interventricular anterior, que emite um ramo lateral ou diagonal, e ramo circunflexo que emite o ramo marginal esquerdo, finalizando com o ramo posterior do ventrículo esquerdo. Apesar de haver um padrão anatômico conhecido, o mesmo é acompanhado pela ocorrência de variações anatômicas justificadas pela presença de diversos outros ramos inerentes a idade, raça e sexo. As variações anatômicas mais freqüentes das artérias coronárias e de seus ramos relatadas na literatura são: origem esquerda do ramo interventricular posterior, vários ramos interventriculares posteriores ao invés de um, origem esquerda do ramo do nó sinoatrial, origem a partir do seio da aorta direito do ramo circunflexo, trifurcação da coronária esquerda originando um ramo mediano, existência de uma artéria coronária acessória, entre outros. Todos esses dados levantados fornecem subsídios para compreensão da irrigação do músculo estriado cardíaco bem como elucidação de possíveis comprometimentos patológicos.
